A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que representa as 263 maiores companhias aéreas do mundo, elevou em 8,2%, de US$ 36,4 bilhões para US$ 39,4 bilhões, a previsão de lucro somado para as empresas de aviação comercial no mundo em 2016.
As empresas devem transportar 3,8 bilhões de pessoas neste ano, acima dos 3,6 bilhões de embarque em 2015.
A projeção representa um avanço de 19,4% sobre o lucro somado das companhias aéreas do mundo em 2015, que ficou em US$ 33 bilhões. Falando durante a 72ª assembleia anual geral da Iata, em Dublin, na Irlanda, o presidente da entidade, Tony Tyler, disse que o setor terá um lucro agregado pelo terceiro ano seguido, melhor sequencia histórica.
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“O setor de aviação está vivendo um bom momento. Mais dois anos com esse desempenho e haverá o equilíbrio dos balanços das companhias”, disse Tyler, a uma plateia de 1 mil delegados de companhias e entidades de aviação e 200 jornalistas.
Tyler alertou que a lucratividade da aviação não é uniforme. Há rentabilidade operacional, com margens de lucro de dois dígitos entre empresas de transporte de passageiros, especialmente nos Estados Unidos. Mas existem também perdas entre companhias cargueiras e empresas de passageiros em regiões da América Latina e mesmo na Europa, apontou.
Tyler disse que o setor deve seguir buscando ampliar a eficiência, como por meio de joint ventures e cortes de custos por meio de novas tecnologias. O setor, porém, também precisa de ajustes nas políticas tributárias, que têm cargas de impostos que a aviação considera excessiva, chegando a 40%, como no caso do Brasil.
“Para cada passageiro, uma companhia aérea lucra em média US$ 10,42. Menos que os US$ 11 que a Starbucks lucra com a venda de quatro cafezinhos”, comparou Tyler. ( VALOR ECONÔMICO)
