Lições das Paralímpiadas – por Bayard do Coutto Boiteux

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Com os valores mais reduzidos dos ingressos e as gratuidades fornecidas às escolas, tivemos uma verdadeira democratização dos jogos

No próximo domingo encerram-se no Rio de janeiro as Paralimpíadas. A cidade viveu momentos importantes, sobretudo o fato de permitir que cariocas pudessem participar efetivamente das competições. Com os valores mais reduzidos dos ingressos e as gratuidades fornecidas às escolas, tivemos uma verdadeira democratização dos jogos. Tal fato, além de encher as arenas trouxe uma outra alegria para os cenários dos jogos.

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Foi também uma oportunidade para que a superação pudesse ser entendida e que o esporte paralímpico entrasse no cotidiano da população anfitriã, que desconhecia atletas e modalidades, segundo dados do Instituto de Pesquisas e Estudos do Turismo do RJ. Vivemos momentos de rara emoção, desde a abertura dos jogos até o nosso dia a dia, a oportunidade de ver atletas, portadores de necessidades  especiais, sorrindo, levantando torcidas e mostrando que apesar das dificuldades, basta querer e ser motivado.

O novo transporte para as arenas, mormente o BRT e a linha 4 do metro, mostraram uma cidade com comprometimento com a mobilidade e rapidez. Só moradores da zona  oeste   sabem o que é ficar duas a três  horas eventualmente no trânsito para chegar ao centro e zona sul. Moradores da cidade viram e utilizaram o novo modal e entenderam a transformação que era necessária e que finalmente aconteceu.

No entanto, moradores das áreas vizinhas ao evento sentiram falta de maior presença das autoridades. Condomínios foram invadidos por taxistas e carros estacionados irregularmente. Bloqueios falharam ou não existiram e a limpeza das áreas foi descuidada.

No entanto, moradores das áreas vizinhas ao evento sentiram falta de maior presença das autoridades. Condomínios foram invadidos por taxistas e carros estacionados irregularmente. Bloqueios falharam ou não existiram e a limpeza das áreas foi descuidada.

Embora os postos de informações turísticas tenham sido mantidos, faltou informação bilíngue nas arenas por parte dos voluntários. Em alguns momentos, viu-se muita desmotivação ou ausência real de indicações. Na chegada, por exemplo da linha 4, os turistas internacionais não sabiam como chegar mais rápido, através das ligações diretas e amarguravam um tempo muito maior nos paradores. Por outro lado, a segurança ostensiva foi menor e as pessoas em alguns momentos se sentiam mais amedrontadas.

A gestão de grandes eventos passa por um cuidado primoroso dos detalhes e do respeito à população anfitriã.Podemos aprender com os Jogos, que deixam uma imagem positiva, um melhor entendimento dos ajustes que podem ser feitos rapidamente.

Apesar dos contratempos ganhamos em entretenimento com o Boulevard Olimpico, vimos melhorias no transporte e estamos certos que turismo e grandes eventos transformam sonhos e são uma mola mestre  das economias municipais.

*Bayard Do Coutto Boiteux é vice-presidente executivo da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ, gerente de turismo do Preservale, professor universitário e presidente do Site Consultoria em Turismo.(www.bayardBoiteux.com.br)

 

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