Aeroporto da Pampulha: esquenta a briga entre prefeitura e comunidade

Continua depois da publicidade

Durante três horas, cara a cara, Infraero e Prefeitura de Belo Horizonte tentam, sem sucesso, vender a proposta de retomar voos do Aeroporto da Pampulha

Estado de Minas com edição do DIÁRIO

Audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais expôs na terça-feira, 25 de abril, a queda de braço que arrasta uma decisão sobre a retomada dos voos de aeronaves de grande porte a partir do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, conhecido como aeroporto da Pampulha, na capital mineira.

O assunto divide opiniões e coloca em lados opostos a população que mora na região e a atual concessionária do Aeroporto Internacional de BH, a BH Airport, contrárias à retomada; e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Prefeitura de Belo Horizonte, defensoras da revitalização do terminal.

A Infraero já oficializou o pedido e aguarda o posicionamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O terminal da Pampulha opera apenas com aviação executiva e regional, em aviões de menor porte. “A retomada vai contribuir para a geração de empregos e impostos, além de revigorar a região. Temos que buscar sustentabilidade para toda a rede de aeroportos, produzindo riqueza e respeitando a legislação”, defende o superintendente do aeroporto da Pampulha, Mário Jorge de Oliveira.

Segundo ele, o terminal atende a todos os requisitos operacionais e de segurança, além de já haver empresas de grande porte (TAM, Avianca e Gol) interessadas em operar do local. Pelos planos da Infraero,  serão três voos por hora e nenhum no período da noite. “Confins está absolutamente consolidado e os dois aeroportos podem continuar convivendo simultaneamente sem prejuízo”, garante Oliveira.

De acordo com ele, nunca houve garantia de exclusividade na operação para a concessionária e ela sempre soube disso. Uma das principais reclamações da BH Airport é que houve quebra de acordo e que a retomada dos voos vai estimular uma mais vantajosas, já que o terminal da Pampulha tem condições mais vantajosas de operar, tendo em vista isenção de impostos. Paulo Rangel, presidente da BH Airport, disse que a volta de voos de grandes aeronaves à Pampulha vai retirar cerca de 30% das conexões feitas de Confins, provocando prejuízos à concessionária. “Se a gente soubesse que a Pampulha ia voltar a operar nem tínhamos entrado nessa disputa” afirmou Rangel.

Veja também as mais lidas do DT

O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Bruno Miranda, disse que o aeroporto é seguro e pode voltar a operar. “Por que não a convivência harmoniosa entre os dois aeroportos? Não podemos fazer aqui uma defesa exclusiva da concessão. A própria concessionária sempre soube da possibilidade de a Pampulha voltar a operar”, disse Miranda.

DAQUI NÃO SAI Celso Antônio da Silva (PSDB), prefeito de Confins, onde o aeroporto internacional está localizado, afirmou que a população não vai permitir a perda de voos, pois isso vai impactar as receitas da cidade. “Daqui não sai, daqui ninguém tira. Esse é a frase mais falada na cidade.” Prefeitos de municípios do entorno participaram da audiência e combateram a proposta.

 

(MJT)

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade