Com a administração Trump, DIÁRIO entrevista especialista em vistos americanos

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Com a nova administração americana com Donald Trump e o surgimento de dúvidas sobre vistos, o DIÁRIO conversou com um especialista para saber se algo mudará para os brasileiros.  

Redação do DIÁRIO

 Os vistos americanos oferecem possibilidades para brasileiros que pretendem se mudar para os Estados Unidos pelos mais variados motivos: propostas de trabalho, casamento com estrangeiros, vontade de iniciar uma nova vida sem emprego garantido, morar na casa de parentes, estudar fora, pelo tão sonhado Greencard, viajar com família e amigos, por acreditarem que podem conseguir oportunidades melhores em todos os sentidos.

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Com a nova administração americana com Donald Trump e o surgimento de dúvidas sobre vistos, o DIÁRIO conversou com Leonardo Ickowicz para saber se algo mudará para os turistas oriundos do Brasil. Ickowicz  é sócio da Elite International Realty, uma consultoria imobiliária sediada em Miami e especializada no atendimento a brasileiros que buscam vistos americanos.

DIÁRIO: O que mudará para o brasileiro com a nova administração de Donald Trump?
Leonardo Ickowicz: eu acredito que quase nada. No primeiro momento criou-se uma burocracia desnecessária. Nem sei se os consulados têm estrutura para aplicar tais novos procedimentos, considerando a grande quantidade de pedidos de outros estados brasileiros. Antes mesmo de Trump eleger-se presidente dos Estados Unidos mantinha um discurso bastante rígido, agora está voltando atrás na maioria dos atos. Quanto ao brasileiro, o trade americano sabe da importância dele para o consumo e a economia americana, além disso os empresários e a hotelaria pressionaram caso algum novo ajuste seja aplicado, de fato, ao processo de vistos para o Brasil.

DIÁRIO: Depois do visto de turista, quais são os mais solicitados pelos brasileiros?
Leonardo Ickowicz: Existem quatro tipos muito solicitados pelos brasileiros. O L-1, destinado a empresários de médio porte e executivos de multinacionais que tenham faturamento anual de, no mínimo, US$ 1 milhão e que desejam operar nos Estados Unidos. Não precisa ser empresa do mesmo setor. Outro tipo requisitado é o de capacidade e habilidades especiais, ou seja, àqueles brasileiros que solicitam um visto para desenvolver alguma atividade ligada ao esporte, artes, economia criativa.

Ainda tem o EB-5 para investidor que fizer aporte financeiro de US$ 500 mil a US$ 1milhão em projetos pré-aprovados pelo governo Americano, ou para o desenvolvimento da própria empresa nos Estados Unidos, com demonstração da origem lícita dos fundos, recebe autorização de residência para ele mesmo, cônjuge e os filhos solteiros menores de 21 anos e, em cerca de 18 meses, pode obter o Greencard provisório para todos. Outro que facilita bastante é o E-2 que viabiliza que os cidadãos invistam US$ 150 mil e recebam o direito de ir trabalhar lá em negócios como postos, restaurantes, lojas e franquias. Somente podem pedir brasileiros detentores de nacionalidades de alguns países europeus. Como existem muitos brasileiros que são segunda ou terceira geração de cidadãos europeus, esses podem adquirir a cidadania europeia e requisitar o E-2 como europeus.

DIÁRIO: A imigração ilegal continua forte entre os brasileiros?
Leonardo Ickowicz: Diminuiu muito. Após os atentados de 2011, o governo americano priorizou muito a segurança fronteiriça e o que fez diminuir a imigração ilegal, não só de brasileiros, mas de cidadãos do mundo inteiro. Para um imigrante viver nos Estados Unidos ele deve ter carteira de motorista, documento equivalente à carteira de identidade no Brasil. Se ele não tem este documento, não conseguirá fazer nada. Outro fato é que entrar ilegalmente é três vezes mais caro que pelas vias normais.

DIÁRIO: Qual o perfil do brasileiro que imigra para os Estados Unidos?
Leonardo Ickowicz: Existem dois grandes grupos. Um é o brasileiro na faixa de 40 anos que chega com os filhos adolescentes e desejam que os jovens cursem uma universidade americana. Outro grupo está na faixa acima dos 60 anos, ou seja, casais semiaposentados que querem aproveitar períodos maiores nos Estados Unidos. Recentemente foi identificado um novo perfil: o de brasileiras que chegam ao país para terem seus filhos. Já existem pacotes que custam mais de U$4000,00.

 

 

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