Empreendimentos fracionados geram mais de R$ 11 bilhões de VGV

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Levantamento foi feito, entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017, pela Caio Calfat Real Estate Consulting em parceria com empresas do setor

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências

Na contramão da retração econômica, o mercado de propriedades imobiliárias comercializadas no sistema de fracionado ou de multipropriedade fechou o ano de 2016 com a soma de R$ 11 bilhões em VGV (Valor Geral de Vendas), potencial considerando empreendimentos entregues, em lançamento e em construção. É um crescimento quase cinco vezes maior do que o registrado no último levantamento, realizado no início do mesmo ano de 2016 (R$ 2,3 bilhões), pela Caio Calfat Real Estate Consulting, consultoria especializada no setor imobiliário e hoteleiro no Brasil. O estudo teve como parceiros duas das principais intercambiadoras de semanas férias compartilhadas no mundo, a RCI e a Interval, além da maior comercializadora deste tipo de propriedade no país, a WAM Brasil.

A pesquisa identificou 56 empreendimentos fractional no Brasil, sendo 19 inaugurados e 37 em construção ou em lançamento. No início de 2016, a mesma pesquisa registrava 33 empreendimentos existentes no país. Juntos, os 56 empreendimentos reúnem hoje 14.511 unidades residenciais fracionadas e 217.377 frações (ou cotas), com um valor médio de venda de aproximadamente R$ 51,2 mil por fração. As propriedades se espalham em 12 estados e 27 cidades. Goiás é o estado líder neste tipo de imóvel (21 propriedades), seguido do Paraná e Rio Grande do Sul (8 cada), São Paulo (6), Bahia (5), Pará (2) e Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Santa Catarina, Maranhão e Piauí (com 1 cada).

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Para Caio Calfat, diretor da consultoria e vice-presidente de Assuntos Turísticos-Imobiliário do Secovi-SP, o mercado de propriedades imobiliárias comercializadas no sistema de fracionado ou de multipropriedade deve ganhar ainda mais relevância em 2017. “É um produto que cresce nas cinco regiões do país e que começa a ser estudado pelas principais incorporadoras”, avalia.

“É um produto que cresce nas cinco regiões do país e que começa a ser estudado pelas principais incorporadoras”, avalia Caio Calfat, diretor da consultoria Caio Calfat Real Estate Consulting.

O consultor acredita que o impulso final deva ser dado com a aprovação da lei específica que pretende regulamentar este setor imobiliário do turismo compartilhado, assim como já acontece com os empreendimentos no modelo de timeshare (compra programada de semanas de férias em complexos de lazer). No fim de 2016, um anteprojeto de lei sobre multipropriedades foi encaminhado ao Congresso Nacional. O documento foi elaborado por iniciativa da Vice-Presidência de Assuntos Turísticos e Imobiliários do Secovi-SP e reuniu alguns dos principais advogados imobiliário-turísticos do país e importantes representantes de empresas ligadas ao mercado.

O objetivo do anteprojeto é definir os direitos e deveres dos cinco envolvidos no processo de produção e venda: o proprietário (geralmente o incorporador), a comercializadora, a intercambiadora, o administrador (que pode ser uma rede hoteleira) e o consumidor final ou usuário. Apoiado por importantes entidades, como FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), a ADIT (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil), a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) entre outros, o documento visa dar maior segurança jurídica aos processos de compra, venda e construção dos imóveis.

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