Erwan Le Goff, da Accorhotels: “pré-requisito para a evolução tecnológica de um país é a internet”

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Falou em Tecnologia de Informação e associou essa ciência à rede Accorhotels aparece, de imediato, um nome: Erwan Le Goff, vice-presidente de TI da rede na América do Sul. Toda a governança de tecnologia da informação nessa região do planeta é de sua responsabilidade. Desde sistemas corporativos clássicos de front office e back office, à tecnologia que chega aos clientes, como os sistemas de wifi nos hotéis, tudo isso, passa pelo crivo de Erwan. Em números, estamos falando de 289 hotéis na América do Sul, 252 só no Brasil.

Le Goff estudou Tecnologia da Informação com segmentação para economia e finanças, em Paris. Começou como estagiário na matriz da Accorhotels. Foi transferido para a Inglaterra, onde tornou-se especialista em TI, sempre na AccorHotels. Mudou para a França, onde ocupou o cargo de gerente de projetos para os hotéis upscale, de luxo. Voltou para a Inglaterra em 2001, onde trabalhou como diretor de TI. Há dois anos chegou no Brasil como diretor de TI da AccorHotels, sendo convidado a ocupar o cargo de VP do setor em 2016. O DIÁRIO conversou com ele, acompanhe:

 

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DIÁRIO – Quais são as principais (que você consegue identificar) tendências para a tecnologia no setor hoteleiro?

ERWAN LE GOFF – O assunto mais importante hoje no que se trata de tecnologia para os clientes é o acesso à internet dentro dos hotéis, porque nossos clientes estão cada vez mais conectados. Hoje, o desafio não é somente propor uma internet de qualidade, mas antecipar a quantidade de ferramentas e equipamentos conectados à internet.

O conceito de internet das coisas é familiar. Antigamente tínhamos somente um laptop, ou um celular, para se conectar à internet. Hoje, começamos a ter mais dispositivos, como relógios que se conectam, algumas roupas, como tênis, se conectam. Os nossos clientes chegam nos hotéis com equipamentos para se conectar à televisão. Isso significa que precisamos investir mais na qualidade da internet nos hotéis.

robo em hotel
Não é difícil imaginar robôs realizando serviços dentro dos hotéis. O prédio dos hotéis será cada vez mais conectado (Foto: divulgação)

DIÁRIO – Consegue prospectar as principais demandas dessa área para o futuro?

ERWAN LE GOFF – Hoje, o mais difícil é antecipar a evolução dos nossos clientes. O que está acontecendo é que cada vez que melhoramos a internet, os clientes usam mais esse serviço. A internet nos hotéis foi percebida como básica. Foi definida para enviar e receber emails e navegar um pouco. Quando começamos a investir, os clientes começaram a pedir a possibilidade de fazer streming, escutar música, acessar rádios. Amanhã, desde o atendimento, a estadia será mais conectada.

Podemos imaginar um médico, por exemplo, que consegue informações online sobre seus pacientes. Por isso, veremos, cada vez mais, novas ferramentas que aparecerão nesse sentido.

Também não podemos esquecer a robotização que está acontecendo. Mais e mais serviços podem ser automatizados. Não é difícil imaginar robôs realizando serviços dentro dos hotéis. O prédio dos hotéis será cada vez mais conectado. Como exemplo: estamos testando no Pullman Vila Olímpia a chave eletrônica no celular. O mobile está se tornando nosso companheiro no dia-a-dia.

DIÁRIO – Você trabalhou em vários países. Todos representando a Accorhotels. Como essas experiências enriquecem o seu trabalho atualmente?

ERWAN LE GOFF – Sim, todos na Accorhotels. Eu trabalhei muito na Inglaterra, por exemplo, e na França. O pré-requisito principal para a evolução tecnológica de um país é a internet. Foram oito anos na Inglaterra. Também trabalhei na França e em alguns países do Oriente Médio. Estou no Brasil há dois anos.

 

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