Exército de Terracota: um passeio obrigatório para quem viaja à China

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Por Rodrigo Luis –

O Exército de Terracota, localizado na cidade chinesa de Xi’an, a 1.200 km da capital Pequim, é um dos maiores tesouros arqueológicos do mundo. E, por incrível que pareça, o mausoléu foi encontrado casualmente em março de 1974 quando um camponês que furava um poço encontrou um pedaço de cerâmica. Ele chamou as autoridades locais e arqueólogos, que ficaram surpresos com o tamanho da obra.

Qin Shihuangdi, primeiro imperador da dinastia Qin e responsável pela unificação inicial da China no ano 221 AC, foi o responsável pelo tamanho do mausoléu que começou a ser construído quando ele foi entronado com apenas 13 anos.

Como parte da crença, Qin aspirava levar com ele, no momento de deixar a vida terrena, tudo que fosse importante. Como o principal era seu exército, mais de 700 mil pessoas trabalharam para montar sua majestosa tumba composta por mais de 6 mil de soldados e cavalos em tamanho original, além de dezenas de veículos bélicos de madeira.

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O cartaz retrata o primeiro grupo de escavadores que descobriu o Exército de Terracota (Crédito: Rodrigo Luis/divulgação)
O cartaz retrata o primeiro grupo de escavadores que descobriu o Exército de Terracota (Crédito: Rodrigo Luis/divulgação)

Qin Shihuangdi morreu em 210 AC, com 49 anos, e foi sepultado na tumba que, segundo historiadores, demorou 38 anos para ser concluída. O local fica nas imediações de uma pirâmide de terra que tem 47 metros de altura e 2,18m quilômetros de extensão. A cripta foi concebida como uma réplica do palácio imperial.

O mausoléu é estruturado em diversos espaços, recintos e outros cômodos, e envolvido por uma muralha. Pesquisadores como Sima Qian afirmam que junto ao imperador foram construídas várias esferas, cada uma simbolizando um elemento cósmico: estrelas, representadas por pedras preciosas; pérolas tecendo planetas e mercúrio estruturando os mares.

Vários artífices, portando seus instrumentos de trabalho, foram também aí encontrados, mais recentemente, o que pode indicar que foram aí sepultados para que não disseminassem entre assaltantes o porte dos tesouros enterrados junto ao soberano ou a localização da abertura que permitiria a entrada de ocasionais marginais.

Ingresso para entrar no mausoléu (Crédito: Rodrigo Luis/divulgação)
Ingresso para entrar no mausoléu (Crédito: Rodrigo Luis/divulgação)

A atmosfera é indescritível e desde que visitei o local, digo para quem pretende visitar a China que o passeio para conhecer o Exército de Terracota é obrigatório.

Rodrigo Luis é sócio-diretor da Winpoint Technology e mora em Shenzhen, na China, desde 2009
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