Maximo Lima, CEO da HSI: “nosso foco continua no segmento econômico de hotéis”

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REDAÇÃO DO DIÁRIO 

Maximo Lima, CEO e sócio fundador da Hemisfério Sul Investimentos (HSI), foi entrevistado pelo DIÁRIO durante o balanço que o executivo apresentou do primeiro semestre da doispontozero Hotéis a jornalistas do setor.

A HSI é a holding hoteleira detentora e administradora das bandeiras Zii Hotel e Arco Hotel. Entre as novidades apresentadas, Maxi adiantou que foram inaugurados três novas unidades hoteleiras neste primeiro semestre: o  Zii Hotel Pouso Alegre, em Minas Gerais, o Zii Hotel Palmas, no Tocantins e o Zii Hotel Rondonópolis, no Mato Grosso. Os investimentos chegam a R$ 60 milhões.

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Para este ano, a holding hoteleira confirma as aberturas de outras quatro unidades, já em construção e a serem implantadas: Rio de Janeiro (RJ) e Boa Vista (RR), previstas para o mês de junho, e Alagoinhas (BA) e Maracanaú (CE), para o segundo semestre. Juntos, os novos hotéis Zii ampliarão o parque hoteleiro da companhia em 468 apartamentos e em mais de 18 mil m² o volume de área construída no Brasil. Acompanhe a entrevista concedida ao jornalista Paulo Atzingen, editor do DT.

DIÁRIO – Quanto foi o investimento para as aberturas da HSI no primeiro semestre? Qual vai ser o aporte da investidora em 2016?

MAX LIMA – No primeiro semestre foram aproximadamente R$ 60 milhões e para o ano completo chegaremos a cerca de R$ 160 milhões. O investimento total chegará a R$ 400 milhões em cerca de dois anos e meio.

DIÁRIO – Vocês apostam só em hotéis econômicos ou pretendem, a longo prazo, atuar em hotéis e resorts, midscale e luxo?

MAX LIMA – Resorts não temos nenhuma pretensão de fazer porque achamos que é um negócio completamente distinto dentro da hotelaria. Quanto ao resto, o nosso foco para os próximos dois anos continua no segmento econômico. A não ser que tenha alguma oportunidade de aquisição de uma rede que faça sentido, a nossa ideia é focar no desenvolvimento das nossas duas marcas, Arco e Zii.

A não ser que tenha alguma oportunidade de aquisição de uma rede que faça sentido, a nossa ideia é focar no desenvolvimento das nossas duas marcas, Arco e Zii.

DIÁRIO – Existe um acordo ou controle de ficar só com a Zii ou há a possibilidade de seguir para outros caminhos?

MAX LIMA – A nossa ideia é ficar, mesmo que a gente adquira algum hotel ou outra rede, é pegar esse ativo e colocar dentro das nossas bandeiras. Dependendo das características vai para a Arco e dependendo da característica, vai para a Zii. Nossa ideia não é agregar novas marcas hoje, é continuar como uma empresa integrada, sendo dono da marca, da operação e do ativo.

A unidade pioneira, de Parauapebas (PA), inaugurada no ano passado
A unidade pioneira, de Parauapebas (PA), inaugurada no ano passado

DIÁRIO – Como vai ser o reposicionamento da marca?

MAX LIMA – O reposicionamento tem bastante a ver com a Arco e o crescimento da Zii. Com a Arco compramos uma rede recente que já estava um pouco cansada e temos feito um investimento grande de retrofit, dando uma reformada nos hotéis. Esse processo se concluiu no primeiro semestre e hoje estamos com um parque hoteleiro dentro da marca Arco bem em dia. Do ponto de vista da Zii, a marca começa mais este ano porque ano passado tínhamos apenas um hotel em operação. O crescimento grande acontece este ano. A Zii sai do nosso hotel piloto em Parauapebas para mais sete inaugurações este ano, de um para oito. O reposicionamento nem é um reposicionamento. É um posicionamento da marca. A ideia é aparecer mais por meio do marketing, o que não fazia sentido com apenas um hotel em operação.

Obviamente, como empreendedor e como obrigação do ser humano, gostaria de deixar um mundo melhor do que o que eu encontrei. Isso faz parte da nossa cultura corporativa

DIÁRIO – Estive na abertura de Parauapebas e percebi que há uma preocupação com a sustentabilidade. Existe mesmo uma preocupação meramente econômica ou vocês têm uma preocupação relacionada com a vida, com o planeta, com as pessoas, enfim, com o ambiente?

MAX LIMA – No ambiente de hoje, as duas coisas são muito ligadas. Obviamente, como empreendedor e como obrigação do ser humano, gostaria de deixar um mundo melhor do que o que eu encontrei. Isso faz parte da nossa cultura corporativa. Além disso, existem mais pessoas que, assim como eu, se identificam com marcas que têm esse tipo de pensamento. Vemos isso como mais que uma missão moral nossa, mas também como uma coisa interessante para pessoas que pensam como a gente. Pessoas que preferem se associar a empresas que têm essa preocupação. Grandes corporações também têm esse tipo de preocupação. Acaba-se criando um círculo de empresas que pensam da mesma maneira e isso acaba promovendo negócios. É uma preocupação moral e cultural nossa e, secundariamente, uma outra maneira de atrair negócios.

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