Em 2024, as operadoras ligadas à Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) alcançaram um faturamento de R$ 22,09 bilhões, registrando alta de 15% em comparação a 2023. Segundo a entidade, esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo forte desempenho das viagens internacionais, que movimentaram R$ 16,63 bilhões — um salto de 116,3% em relação ao ano anterior.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações da Agência Brasil*
“Pela primeira vez na série histórica do Anuário Braztoa, as viagens internacionais responderam por 75% do faturamento total, marcando um pico fora da curva e indicando um resultado acima da média habitual”, destacou a associação.
Já o mercado doméstico somou R$ 5,46 bilhões em 2024, patamar semelhante ao registrado nos anos imediatamente após a pandemia (2021 e 2022), mas ainda aquém dos valores entre R$ 6 bilhões e R$ 7,5 bilhões verificados no período pré-pandemia, de 2014 a 2018.
A Braztoa explicou que a retração em relação ao pico excepcional de 2023, quando o mercado doméstico movimentou R$ 11,55 bilhões, representa um ajuste natural do setor. A associação reforçou que essa queda não significa perda de relevância do turismo nacional, que segue estratégico para as operadoras, com ampla diversidade de produtos e presença em todo o Brasil.
De acordo com a entidade, os resultados refletem a recuperação da demanda global, o fortalecimento do turismo internacional e a reorganização do mercado doméstico.
Em relação aos embarques, as operadoras associadas à Braztoa contabilizaram 9,81 milhões em 2024. Apesar de representar uma redução de 16,9% em relação ao recorde histórico de 2023, o volume permanece elevado, sinalizando um novo patamar de estabilidade para o setor. Esse número configura o segundo maior volume de embarques desde o início da série histórica, em 2010. As viagens nacionais corresponderam a 60% do total — 5,88 milhões de embarques —, enquanto as internacionais somaram 3,93 milhões (40%).
Segundo a presidente executiva da Braztoa, Marina Figueiredo, os dados do anuário demonstram que o setor está cada vez mais sólido e estratégico, com aumento expressivo no faturamento, impulsionado principalmente pela força do mercado internacional, e com um volume robusto de embarques, evidenciando a relevância do turismo doméstico.
“Esses resultados revelam um equilíbrio importante entre os dois mercados e reforçam o papel das operadoras como agentes essenciais na jornada dos viajantes. Elas conectam a oferta turística à demanda de forma qualificada e eficiente, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor”, afirmou Marina em nota.