Livro “Ponte Aérea” retrata a saudável rivalidade entre paulistas e cariocas

Continua depois da publicidade

Edição do DIÁRIO com agências

Ponte Aérea: Manual de sobrevivência entre Rio e São Paulo (Matrix Editora) é o divertido fruto de trabalho de pesquisa de Felipe Frisch, feito informalmente ao longo de 12 anos, vivendo entre Rio e São Paulo, inspirado nas pequenas manias e idiossincrasias das duas cidades, com anotações e checagens de informações praticamente diárias.

Com o tempo, o autor passou a postar nas redes sociais cada curiosidade paulistana ou carioca que chamava atenção, e percebeu que a tão falada rivalidade fazia aflorar paixões, mostrando que, no fundo, estamos falando de uma história de amor bandido.

Veja também as mais lidas do DT

“Percebi que o material poderia se transformar num livro com muito humor”, diz ele.

Apesar do título, Ponte Aérea não tem a pretensão de ditar regras para quem deseja ter sucesso profissional, pessoal ou sexual em qualquer uma das duas cidades, mas joga luz, com humor, sobre as características mais interessantes, e também as mais irritantes, de cariocas e paulistanos, incluindo dois extensos dicionários de expressões típicas do carioquês e do paulistanês.

Exemplos:

Dicionário carioquês

Barraca: o que os cariocas usam na praia. Pode ser chamada pelo nome completo, “barraca de praia”, embora seja apenas um tecido redondo esticado sobre um pau de madeira, com algumas hastes de metal enferrujado. Paulistanos que ouvem a expressão pela primeira vez acham que o carioca que a pronunciou está indo acampar. Dica para os amigos paulistanos em visita ao Rio: se você pedir um “guarda-sol” quando chegar na areia, pagará pelo menos três vezes o valor a ser despendido se conseguir falar “barraca” espontaneamente com a malemolência carioca.

Dicionário paulistês

Periferia ou perifa: São Paulo não tem subúrbio, tem periferia, ou “perifa”, que é onde moram os “suburbanos” de SP (afinal, ninguém é chamado de “periférico”). Perifa é qualquer lugar longe (a mais de duas horas de trânsito) do Centro ou da Avenida Paulista, basicamente nos limites pobres da cidade. Isso, se não tiver dinheiro, claro. Se tiver dinheiro, o bairro muda de nome, e o sujeito deixa de dizer que mora no Tatuapé para falar que vive no Jardim Anália Franco, por exemplo.

No fim, o livro ainda responde à grande pergunta: qual cidade é melhor e mais amada pelos brasileiros?

Sobre o autor

Felipe Frisch é um jornalista carioca, especializado na cobertura econômica, e, talvez por isso mesmo, apaixonado por São Paulo, a dita capital financeira nacional, onde vive desde 2003, entre idas e vindas do Rio de Janeiro, cidade que ama desde que nasceu e da qual ainda não desistiu. Atualmente, trabalha na agência de notícias Bloomberg, já passou pelos jornais Valor Econômico e O Globo, mas garante que as opiniões e sacadas geniais aqui expressas são de sua responsabilidade e foram pensadas e elaboradas nas horas vagas.

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade