O repórter fotográfico Eliseu Thomae apresenta aos leitores do DIÁRIO DO TURISMO essa sequência de imagens do Centro de São Paulo, que comemora neste sábado (25) seus 471 anos.
Essas imagens não servem para explicar totalmente São Paulo, que cresce de forma estonteante sem parâmetros americanos nem mundiais para delineá-la. Os textos que a acompanham, também não conseguem defini-la por completo. São fotos e legendas que tentam congelar no tempo esse choque de flor e cimento, alegria e lamento, rapidez e lentidão, esperança e desilusão, sucesso e falência, vida e morte que todos estão sujeitos aqui e agora.
Parabéns São Paulo, por sua capacidade de renascer todo dia, acolher todo o mundo e por ser nossa casa! (Paulo Atzingen)
São Paulo reflete o infinito no concreto. No vidro de um prédio, o céu encontra os fios, tecendo histórias entre o urbano e o etéreo.Favos hexagonais cercam a Igreja de São Bento, criando uma estrutura onde o sagrado e o geométrico se encontram. É como se a cidade emprestasse ao corpo uma alma homogênea, entre o céu e o concreto.Cadeiras vermelhas tomam a calçada, o grafite dá vida às paredes. No bar, o dia se estica entre goles e conversas, como se o tempo também quisesse ficar.O Martinelli emoldura o Vale do Anhangabaú, onde prédios se erguem como ecos do tempo, unindo passado e presente.Há um aviso constante que a opressão da cidade grande nos tira do silêncio e nos alimenta com um vazio de supermercadoEm São Paulo, o Art Nouveau sussurra ao moderno, que responde ao pós-moderno. Tudo se mistura no cimento, como um poema de estilos interminávelHá vida nas lojas onde cabem guarda-chuvas e bonequinhos que giram em piruetas. Pequenos mundos em prateleiras, esperando pelo toque que os desperte.As luminárias de São Paulo acendem memórias, destacando traços de uma arquitetura que o tempo levou. Entre sombras e luz, o passado resiste em cada detalhe.O prédio duplicado reflete a cidade que o cerca, caótica e indecifrável. Sua superfície espelhada guarda um quebra-cabeça que ninguém termina de montar.No Viaduto Santa Ifigênia, um monolito moderno se eleva, habitado por vidas que tecem histórias nas frestas do concreto.Quinas e esquinas observam o fluxo incessante de carros, que não param sob nuvens brancas, muito menos sob as pretas. A cidade corre, indiferente ao céu que a cobre.Eliseu Thomae captura, no concreto do Santa Efigênia, o instante em que a cidade respira quieta.A igreja no Largo do Paissandu se ergue, meio gótica, meio renascentista, como se o dia, inacabado, fosse parte de sua arquitetura.A escultura com suas curvas perfeitas afronta o ângulo reto da cidadeAs linhas retas se multiplicam, num processo infinito e a cidade desenha a si mesma, sem pausa, sem fim.O prédio guarda a memória da Marquesa de Santos, e seu romance com Dom Pedro, entre olhares que marcaram a história.O Páteo do Colégio, endereço de Padre Anchieta, nos primórdios, nas primíciasA escultura com suas curvas perfeitas afronta o ângulo reto da cidadeA escultura com suas curvas perfeitas afronta o ângulo reto da cidadeA escadaria nos eleva a um novo patamar. Será o da vida, da cidade, das nossas escolhas ou talvez dos nossos erros? Cada degrau guarda uma perguntaOs paulistanos brincam e se divertem tirando água de pedra
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