sábado, julho 26, 2025
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Os conflitos internacionais e seus desdobramentos – por Bayard Do Coutto Boiteux*

Diariamente, quando acordamos e lemos os principais jornais brasileiros e internacionais, verificamos a tragédia de Gaza.

por Bayard Do Coutto Boiteux, com edição*

É inconcebível o que o governo de Netanayu tem feito com a população civil do enclave, criando uma verdadeira faina para obrigar a saída dos palestinos, que ainda resistem. São dezenas de pessoas assassinadas diariamente pelo exército israelense quando vão buscar comida, nas pseudo-distribuições criadas. Os hospitais carecem de tudo e sobrevivem com a ajuda de heróis da Medicina. Crianças morrem com bombas que caem em suas casas ou simplesmente por não conseguirem comer. Nunca se viu tanta falta de respeito pelos direitos humanos e apelos incessantes apelos  da ONU. A extrema direita no poder, fragilizada e apoiada por Trump está cada vez mais desacreditada e vive da “Guerra” para sobreviver, alegando auto-proteção. Os reféns ainda vivos  do atentado terrorista do 08 de outubro foram esquecidos e sua memória continua presente, graças a atos diários de uma população que busca Paz.

Por outro lado, vivemos uma guerra silenciosa mas com impactos vitais na sobrevivência das economias, com o chamado tarifaço do atual  governo norte-americano. No caso do Brasil, ele mistura pressão comercial com ameaças a nossa soberania, por amizades com o ex-mandatário do país. Mais uma vez, atacam nossa soberania que tem no atual presidente e vice presidente posturas de líderes mundiais, que defendem seus países. São posturas fora da realidade mundial, cassando vistos de integrantes de nossa Suprema Corte e expulsando aleatoriamente imigrantes, sem direito de defesa, conforme atestam entidades locais. Os brasileiros começam a ficar com medo de viajarem para os EUA e serem deportados por alguma confusão local, corriqueira nos últimos meses.

Há também os ataques a liberdade individual em países como a Rússia, Cuba, o território chinês de Hong Kong, o Iran, o Afeganistão, Miamar, a Venezuela, para citar alguns exemplos. Em Hong Kong, uma lei de segurança proclamada fechou todos os jornais de oposição, prendeu todos os que se opunham ao novo governo e criou um terror, com denúncias feitas in loco por outros nacionais sobre comportamentos contrários a estrutura da China.

Por outro lado, a Ucrânia vive momentos de grande tensão, por uma guerra que a Rússia quer manter, sequestrando crianças, atingindo hospitais, escolas e moradias e invadindo os céus das principais cidades, inclusive a capital, com drones capazes de aniquilar parte do país. Putin não aceita um pacto final com Zelensky para pressionar cessões de território, que não vão acontecer.

Recentemente, Tailândia e Camboja iniciaram uma nova tensão na fronteira, com uso de armamento pesado e fuga de moradores locais.Um outro evento bélico que poderia ser evitado com ações diplomáticas.

A África passa por um período de uma pseudo democracia, em alguns Estados, onde ditadores vão se perpetuando, inclusive através de eleições. São tantos conflitos que teria que escrever um novo artigo mas os do Sudão, Congo, Moçambique trazem fome, morte e desilusão.

Há uma questão vital: o que está acontecendo com a ONU, que vem perdendo força e capacidade de encontrar soluções? Ela precisa ser reformulada, começando com o Conselho de Segurança, que fica completamente trancado por força de alguns  países que tem direito a veto e que não acreditam na paz, por estarem interessados na venda de armamentos. O secretário geral vive de discursos e apelos, cujos resultados práticos são poucos. Não podemos nos descuidar de tal órgão e fortalecer suas ações.

Devo confessar que há um sofrimento numa população mundial, consciente que busca através de ações populares, como manifestações, abaixo assinados e pressões para não perdermos nossa sensibilidade e ficarmos calados e escondidos em nossas bolhas, como se não nos déssemos conta que uma terceira guerra mundial pode acontecer…

*Bayard Do Coutto Boiteux é pesquisador, professor e escritor

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