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Inteligência Artificial na hotelaria é indispensável, mas pede cautela, indicam especialistas no 36º Encatho

Inteligência Artificial – No mesmo palco três especialistas, que têm se aprofundado nos progressos operacionais gerados pelas novas tecnologias na automação nos hotéis, falaram ao público do evento.

Por Cecília Fazzini, de Florianópolis*

A 36ª. edição do Encatho & Exprotel, que encerra nesta quinta-feira (31), no Centrosul, em Florianópolis, abriu espaço para o debate sobre o tema “O Ponto Sem Retorno: IA e Automações Redesenham a Hotelaria”.  Diego Corrêa, da HSystem – plataforma de soluções para o setor; Daniel Françoso, da Turbox – aplicativo para agências de viagens que visa ampliar a experiência do cliente e Thiago Akira – especialista em marketing digital e na aplicação de IA aos negócios esclareceram pontos polêmicos da adoção dos recursos que visam modernizar o jeito de atuar dos hotéis.

Separar conceitos da Inteligência Artificial 

O primeiro nó a ser desmanchado é o de separar os conceitos de automação e IA. Françoso considera crucial que todos entendam se há a disposição no mercado para a imersão nesses avanços e identificar as demandas. Thiago Akira entende que é preciso mapear as necessidades e processos, para então contratar o serviço e definir sobre a aplicação, sob o risco de, se dispensado o adequado diagnóstico, se adquirir um elefante branco. Por sua vez,  Corrêa frisa que como fornecedor faz treinamentos semanais para direcionar a linha de conversa entre vendedor e cliente, providência que antecede a chegada da  automação com IA.

As pessoas começam a entender a forma de entrega da IA às buscas. Contudo, Akira alerta que é fundamental “entender a jornada do hóspede”, que varia de acordo com destino e produto. Outra recomendação do especialista é ficar atento às tendências e ao ritmo das mudanças.

Autonomia vigiada

Diego Corrêa alertou que, apesar do uso mais disseminado da IA, ainda não dá pra delegar toda a autonomia na escolha de um destino ou na compra de um bilhete aéreo. Há, conforme atesta, que se considerar o grau de alucinação da ferramenta, recheada de irrealismo. Akira avisa que é necessário se valer de dados consistentes para disponibilizar informações. Recomenda que a credibilidade do negócio esteja zelada e acima do facilitador que advém da ferramenta. Por sua vez, Daniel Françoso orienta a estimular usuário a utilizar as informações com o suporte tecnológico com o devido critério. Lembrou que a própria sociedade alimenta os conteúdos, com suas crenças e conceitos, o que a IA faz, no entender do especialista, é apenas retroalimentar a base de informações.

Necessidades heterogêneas

Para Akira a empolgação com a IA pode desviar o executivo do propósito genuíno da gestão, acentua que é tudo muito sedutor neste caminho. No seu ponto-de-vista, as inovações tecnológicas podem, sim, ajudar e muito nos processos, mas as consultas não podem ser feitas de forma leiga e ingênua.

A dica é empregar pessoas dedicadas e melhor preparadas para operar com IA. Corrêa, lembra que as necessidades são heterogêneas e Françoso destaca que as regras e o contexto do negócio precisam estar bem definidas, a construção da obra ainda é humana, o conceito é anterior à IA e guiado pela via da criatividade. Mesmo que os avanços nivelem a competitividade, a diferença, aposta ele, passa pela inventividade humana, a propósito da tarefa de divulgar destinos e produtos turísticos.

*A jornalista viajou a convite dos organizadores do evento com seguro viagem Europ Assistance

 

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