A aposta esportiva é um fenômeno mundial e que no Brasil está em franco crescimento desde 2018.
Na ocasião, o então presidente da república, Michel Temer, sancionou a lei número 13.756 que autorizou a aposta esportiva online em território nacional. Porém, a atividade ficou em uma espécie de limbo jurídico já que a medida previu a regulamentação do setor em até quatro anos. No momento, a regulamentação espera votação no Senado e, se passar, deverá ser assinada pelo presidente em exercício. Apesar da data limite ser até o final de 2022, por conta das eleições, a pauta não será votada e decidida este ano.
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Porém, muitas pessoas já se perguntam o que está em jogo com a regulamentação e o que mudará nesse novo cenário. A principal mudança é que as casas de apostas passarão a ter sede no país e elas pagarão mais impostos sobre suas operações e lucros. Ou seja, além do governo criar uma nova fonte de renda, o setor pode gerar novos empregos. Porém, não há ainda movimentação para que a aposta esportiva seja autorizada em espaços físicos no país. Portanto, é improvável que, apenas com a regulamentação, o turismo seja fortalecido com a aposta esportiva.
Para podermos ter a nossa própria Las Vegas e assim gerar um novo tipo de turismo no país, será necessário modificar a lei para que autorizem a aposta esportiva em casas físicas e não apenas online. Para isso, seria necessário uma nova votação para que a mudança na lei seja aprovada. Na América do Sul, Punta Del Este (Uruguai) é conhecida pelos seus cassinos luxuosos. A cidade da costa uruguaia é um destino popular entre brasileiros que buscam a emoção da jogatinha.
A reportagem perguntou à jornalista Débora Dias, que é editora chefe do site especializado AplicativosdeApostas.com, a probabilidade do governo brasileiro explorar o turismo em relação à aposta esportiva. “Acredito que ainda irá demorar para que a gente crie a cultura da aposta esportiva e de jogos de cassino no Brasil. Isso porque a aposta ainda está muito ligada aos jogos de azar e àquela ideia de bicheiro e contravenção”. O jurista Leônidas Amaral concorda com a jornalista e acrescenta “ainda vai demorar alguns anos para que a gente consiga ter a nossa Las Vegas por aqui”.
Agências com EDIÇÃO DO DIÁRIO