ABEAR apresenta suas considerações sobre alta do preço das passagens aéreas.
Como já foi publicado aqui no DIÁRIO DO TURISMO, vários fatores influenciam o preço de uma passagem aérea, seja nacional ou internacional.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências
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O preço da passagem aérea é definido levando-se em conta o preço do petróleo, a taxa de câmbio, as distâncias das viagens e a demanda, ou o volume de procura. Outros fatores se somam a esses como antecedência da compra, número de escalas, dia da semana da compra, refeições inclusas e posição do assento no avião.
É evidente que, com todas essas variáveis, trechos idênticos podem apresentar valores discrepantes e assustar o consumidor.
Recebemos nessa quarta-feira (13), um comunicado da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) que esclarece o atual cenário do preço de passagens aéreas no Brasil. Segundo a associação, o país segue movimento semelhante ao dos demais mercados em todo o mundo.
A ABEAR afirma que segundo o mais recente relatório de bilhetes efetivamente comercializados, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), os preços das passagens aéreas oscilam ao longo dos meses e, no acumulado de 2023 (janeiro a setembro), as tarifas aéreas no Brasil estão 8,5% mais baixas do que em 2022. As faixas tarifárias também demonstram que há diversidade de preços, com 16,4% das passagens sendo vendidas abaixo de R$ 200,00, 54% abaixo de R$ 500,00 e 85% abaixo de R$ 1 mil reais.
“Considerando a série histórica da ANAC, fica claro que a tarifa média acompanha os efeitos externos, dado que a aviação é um setor fortemente afetado pelo câmbio do dólar, que representa 60% dos custos de uma companhia aérea, e pelo combustível que representa 40%. A tarifa média doméstica em 2023, de janeiro a setembro, teve alta de 14% em relação a 2019 (ano pré-pandemia). Já o QAV, na mesma comparação, subiu 86%”, diz a nota.
A associação ressalta que os dados da ANAC representam bilhetes efetivamente comercializados em todo o país, enquanto que o levantamento de preços de passagens realizado pelo IPCA do IBGE é uma amostra feita por meio de simulação de compra de bilhetes em um determinado período.
Neutralizar efeitos da pandemia
A ABEAR sustenta que em todo o mundo as companhias aéreas ainda buscam neutralizar os impactos gerados pela maior crise de sua história. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a tarifa aérea média do segundo trimestre de 2023 segue 10% acima do mesmo período em 2019. Enquanto isso, no Brasil, o valor médio dos bilhetes não teve aumento. A comparação foi feita com dados do Department Of Transportation (DOT). Estudo da empresa de análise de aviação Cirium revela que os preços médios dos bilhetes para centenas das rotas mais populares do mundo aumentaram 27,4% desde o início de 2022”.
E ao final de seu comunicado reforça que segue em defesa de uma agenda ampla e consistente para enfrentamento dos custos e aumento da competitividade no Brasil.
“Seguimos em diálogo permanente com o Governo Federal sobre medidas conjuntas que combatam os entraves ao crescimento do transporte aéreo no País”.