A Argentina começou a implementar medidas que dificultam a entrada de brasileiros no país sob a justificativa de que seriam “falsos turistas”. De acordo com jornais e sites de notícias, nos últimos dois meses, muitas pessoas que viajaram no intuito de estudar em universidades públicas locais relataram terem sido barradas no aeroporto pelas autoridades do país.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com Valor Econômico
No Valor Econômico desta quinta-feira (22), matéria assinada pela jornalista Márcia Almeida, informa que a Aerolíneas Argentinas exige do estrangeiro um comprovante de compra de sua passagem de volta com validade de até 90 dias da data do início da viagem.
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Esse novo protocolo ou norma – que, até então, não tinha sido colocado em prática para garantir a permanência de turistas somente por três meses em solo argentino –, vale para estrangeiros não residentes na Argentina, quer dizer, que não têm o chamado DNI, o RG do país, ou para os que não tenham vistos específicos (no caso de estudantes, os consulados argentinos ao redor do mundo recebem os pedidos de visto para estudar na Argentina e eles tem duas categorias: por um ano ou por mais de um ano).
Assim, para quem está programando uma viagem ao país vizinho, portando somente o passaporte ou o RG brasileiro, sem data para voltar (ou ainda que tenha um retorno no horizonte, mas que não garantiu o ticket aéreo de retorno) é melhor refazer os planos ou já ir se preparando para voltar com mala e cuia do aeroporto.
A GOL, que também opera voos desde o Brasil para a Argentina, informou que não pede passagem de volta para embarcar seus passageiros com destino para o país vizinho.
“A GOL informa que seus passageiros com bilhetes adquiridos com destino à Argentina devem apresentar apenas um documento válido (RG ou passaporte) para realizar o seu check in e que não tem conhecimento de nenhuma outra exigência por parte dos órgãos reguladores ou autoridades argentinas”, informou a assessoria de imprensa da companhia.
No entanto, a aérea brasileira diz que a imigração argentina pode exigir a passagem de volta na chegada ao país e que, por isso, faz essa recomendação aos clientes. Porém, o passageiro da GOL não será barrado de embarcar caso não tenha a passagem de volta.
A Latam, segundo relataram ao Valor passageiros brasileiros que viajaram em janeiro para Buenos Aires com a companhia, também não adotou o protocolo. “A LATAM esclarece que não houve alterações nas regras de imigração para entrada na Argentina e segue com a sua operação normal de/para o país”, informou a aérea por meio de sua assessoria de imprensa
Procuradas, a Aerolíneas Argentinas e a Flybondi – aérea argentina de baixo custo – não se pronunciaram oficialmente. (Com informações do Valor Econômico)