Secretário da Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura afirmou que a quantidade de pousos e decolagens por hora aumentará de 32 para 44
Edição DIÁRIO com agências
Associações que representam as famílias de vítimas de acidentes aéreos reagiram com preocupação à notícia de que o governo federal pretende ampliar o número de voos comerciais no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
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Ronei Glanzmann, Secretário da Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, afirmou que, com o investimento de R$ 122 milhões no aumento da capacidade do aeroporto, a quantidade de pousos e decolagens por hora (também chamados de movimentos ou slots) aumentará de 32 para 44 em Congonhas.
Para Sandra Assali, presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), a ampliação do número de voos em Congonhas é uma questão delicada e cercada de múltiplos interesses.
Segundo o comandante Ondino Dutra Cavalheiro Neto, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o aumento da quantidade de pousos e decolagens em Congonhas não representa risco à segurança.
“A mudança vai dar mais trabalho ao controle do tráfego aéreo. Um aeroporto com mais pousos e decolagens exige mais atenção de todos, mas não vejo prejuízo à segurança. “Congonhas ficou maculado por dois grandes acidentes, mas a pista não é a menor entre os aeroportos em operação”, diz, citando o Santos Dumont.
Congonhas é a pista que podemos chamar de ‘curta-grande’ e em breve ganhará uma nova área de escape, que vai garantir mais segurança porque evitará que o avião caia em um desfiladeiro, caso saia da pista.
Mais empresas e concessão
A proposta de novas regras de distribuição de slots em Congonhas, aprovada pela diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), deverá passar por consulta pública até dezembro.
A medida é válida não só para o aeroporto paulistano, mas também para outros com demanda maior do que a capacidade. A ideia é ainda distribuir os 41 slots que eram da empresa Avianca, o que deve abrir espaços para outras operadoras, com destaque para a Azul.
No mês passado, a Anac já havia aprovado a minuta do edital da sétima rodada de concessão de aeroportos do governo federal. Serão leiloados 16 terminais, incluindo os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).
A consulta pública segue até o próximo mês. O texto final ainda deverá passar por análise do Tribunal de Contas da União (TCU) e a previsão do governo é de que o leilão ocorra já no primeiro semestre do próximo ano.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
PC