A Agência Espacial do Reino Unido revelou na semana passada planos para um “avião espacial” de alta tecnologia capaz de atingir a velocidade da luz. Segundo a agência, a aeronave pode estar nos céus em 2030.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências internacionais
A aeronave poderá levar passageiros de Londres até Sidney em 4 horas, cinco vezes mais rápido que os voos atuais, que duram cerca de 22 horas.
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O CEO da Agência, Graham Turnock, anunciou que o Reino Unido trabalharia mais estreitamente com a Austrália em um acordo de “primeira ponte espacial do mundo”, que se concentrará em entregar um avião – ou foguete, na verdade – para transportar passageiros de um continente para o outro em apenas quatro horas. O projeto que leva o nome de Synergetic Air-Breathing Rocket Engine (SABRE), está sendo desenvolvido pela Reaction Engines, que conta com o financiamento de empresas do setor.
A velocidade incrível será possível por conta de um novo motor hipersônico que os cientistas da Reaction Engines estão desenvolvendo atualmente. Alimentado por uma combinação de hidrogênio e oxigênio. Um dos desafios do voo hipersônico é garantir que a parte mecânica resista ao calor e não derreta, para isso a tecnologia faz com que o ar resfrie por minúsculos tubos de congelados e depois utiliza esse calor capturado para fornecer energia ao motor. “Nosso pré-resfriador pega o ar que chega a 1.000 graus centígrados e o resfria a zero em um vigésimo de segundo”, disse Shaun Driscoll, da Reaction Engines.
Os testes de equipamentos e a construção de mecanismos para a realização do avião espacial custou até agora para o governo britânico cerca de 60 milhões de libras e segue em ritmo acelerado. Os dirigentes prometem voos de teste programados para começar em meados de 2020 e comerciais para 2030. Ansiosos.