A Airbus pode revolucionar as viagens aéreas. Ao menos, é o que vai acontecer caso o conteúdo de uma patente registrada pela empresa seja produzido.
O novo conceito de um veículo aéreo está sendo tratado como o “novo Concorde”. Ele atinge velocidade ainda mais alta do que as possíveis com o aposentado Concorde.
A patente foi aprovada para a Airbus no mês passado com o nome “veículo aéreo ultra-rápido e outros métodos de locomoção aérea”. O avião poderia atingir velocidade Mach 4,5. Isso quer dizer que ele voaria a até 4,5 vezes a velocidade do som – ou 5.513 quilômetros por hora.
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A ideia é que o novo transporte aéreo possa diminuir drasticamente o tempo de viagens longas – como voos intercontinentais. Um exemplo é de um voo entre Tóquio e Los Angeles, que cairia de dez horas e meia para cerca de três horas. O mesmo tempo seria suficiente para sair de São Paulo e voar até Lisboa, em Portugal.
Para que isso seja possível, o jato proposto pela Airbus usa três métodos de propulsão. São usados ramjets, turbinas a jato e foguetes.
Para decolar do solo, a aeronave usaria duas turbinas a jato, que deveriam ser colocadas sob a fuselagem. A decolagem seria um pouco diferente do tradicional: depois de sair da pista, ele assumiria uma posição vertical para ganhar altitude.
Pouco antes de alcançar a velocidade do som, as turbinas a jato se recolheriam e o avião continuaria ganhando altitude com propulsão dos foguetes, até alcançar cerca de 30 mil metros.
A seguir, já na altitude de cruzeiro, o que move a aeronave são os ramjets – que são utilizados em situações que demandam grande velocidade. São eles os responsáveis por atingir velocidade entre Mach 4 (4.900 km/h) e Mach 4,5 (5.500 km/h). Eles usariam como combustível hidrogênio e oxigênio.
Um grande problema é a baixa capacidade para passageiros. Além de dois pilotos, o avião seria capaz de levar apenas 20 passageiros. Isso deve resultar em voos extremamente caros, caso um dia eles virem realidade.
A Airbus acredita que a tecnologia poderia ser usada para fins civis e militares. Vale lembrar que assim como outras patentes, não é garantido que a tecnologia chegue a ser produzida ou usada. (Exame)