Alejandro de La Osa, CEO da Europamundo: “viajar por viajar não faz sentido!’

“Cada vila ou cidade sempre tem algo para nos mostrar e esse é o trabalho de um operador turístico”, afirma Alejandro de La Osa, nessa entrevista exclusiva ao DIÁRIO.

O executivo espanhol Alejandro de La Osa – diretor Comercial da Europamundo, iniciou a carreira há mais de 25 anos, como guia de turismo. Dono de vivência e conhecimento internacional amplo – geografia e cultura de diversos países e povos mundo afora, tem formação voltada para a área de humanidades: história, filosofia e letras. De forma simples, econômica e objetiva, oferece aos leitores do DIÁRIO DO TURISMO um painel sucinto do posicionamento empresarial da Europamundo, que inclui a parceria com a brasileira Schultz Operadora, os compromissos com ESG e o papel social da Fundação Europamundo. Boa leitura!

DIÁRIO – Alejandro, conte aos leitores do “DIÁRIO DO TURISMO”: como você entrou profissionalmente na indústria do turismo?

Sou apaixonado por história, estudei Filosofia e Letras e comecei há mais de 25 anos como Guia Europamundo.

DIÁRIO – O que o mercado brasileiro de viagens e turismo representa hoje para as empresas Europamundo?

É o nosso principal mercado, por isso é muito importante para nós.

DIÁRIO – Quais são os programas e destinos preferidos dos brasileiros, dentre os oferecidos pelo EuropaMundo?

Portugal está, logicamente, entre os primeiros, acrescido de Reino Unido, França e Turquia.

DIÁRIO – Quais são as diferenças mais importantes entre os circuitos turísticos que o EuropaMundo oferece para os latino-americanos em geral e para o viajante brasileiro?

Estamos focados em oferecer sempre os melhores serviços e experiências. Com a Europamundo, nossos clientes, atualmente, têm à disposição os melhores ônibus, hotéis de qualidade, circuitos desenhados de forma única. Chegamos a cidades onde ninguém chega, já temos muitas passagens e serviços inclusos, com o melhor custo x benefício. E o mais importante são nossos guias, os melhores profissionais muito bem qualificados e preparados para atender nossos passageiros de uma forma que eles se sintam parte da família Europamundo.

Chegamos a cidades onde ninguém chega, já temos muitas passagens e serviços inclusos, com o melhor custo x benefício. E o mais importante são nossos guias, os melhores profissionais muito bem qualificados

DIÁRIO –  O que a parceria com o Grupo Schultz representa para sua empresa?

Temos uma grande parceria e aporte de negócios com a Schultz. A Schultz e a Europamundo trabalham juntas há mais de 23 anos no mercado brasileiro, sendo a primeira operadora a trabalhar conosco no país. Eles têm uma equipe muito preparada, dedicada e conhecedora dos nossos produtos e que a sociedade nos motiva cada dia mais a prestar serviços de qualidade e segurança a cada cliente que viaja com a Europamundo.

DIÁRIO – Quais são os desafios e lições mais importantes que aprendemos ao enfrentar o C-19?

Que você tem que aproveitar para viajar, porque não se sabe quando nos fazem parar, embora no Europamundo nunca paramos. Logicamente, havia lugares ou países que não deixavam os viajantes saírem.

DIÁRIO – O que levou a EuropaMundo a crescer e expandir seu portfólio para países e culturas tão diferentes?

A falta de oferta e a necessidade de ter opções para nossos clientes que já fizeram viagens tradicionais…

DIÁRIO – Venda ‘experiência’, não viaje! O que sua empresa faz para seduzir o potencial viajante?

Vender por vender ou fazer uma viagem só porque está em demanda não faz sentido. Tem que criar viagens, inovar, são muitos lugares para visitar. Tem que pesquisar, porque cada vila ou cidade sempre tem algo para nos mostrar e esse é o trabalho de um operador turístico.

DIÁRIO – O que significa pertencer ao grupo de turismo JTB – Japan Travel Bureau?

Um ótimo suporte e garantia.

DIÁRIO – Qual é o posicionamento da EuropaMundo em relação aos valores recomendados pela ESG?

Levamos isso muito a sério. Temos a fundação Europamundo, que realiza diversos projetos sociais ao redor do mundo. Uma equipe preparada e dedicada a trabalhar e desenvolver serviços sérios, que contribuam com os aspectos sociais e ambientais. Internamente também temos uma gestão próxima e transparente, com toda a nossa equipe que realiza o trabalho de governança.

DIÁRIO – Fundação Europamundo: faça um resumo desta iniciativa.

Temos, há muitos anos, a Fundação Europamundo. De cada venda realizada, são destinados 2 euros à Fundação. Colaboramos com projetos sociais em todo o mundo Na parte ambiental, temos o selo zero CO2 desde 2014, para o plantio de árvores. Na área social, nossa fundação apoia projetos em todo o mundo. A Europamundo trabalha com destinos menos movimentados e já criamos oportunidades em muitas cidades, desenvolvendo o turismo. e gerando oportunidades para muitas pessoas e povoados. Além disso, consideramos cada pessoa da equipe Europamundo única e um membro de nossa família, a família Europamundo.

A vida muda, tudo muda. Além de haver muito investimento em tecnologia, é importante lembrar que a tecnologia depende das pessoas…

DIÁRIO – Por trás das ferramentas do mundo digital estão as pessoas. Como a Europamundo interpreta as mudanças de paradigma no setor de turismo?

A vida muda, tudo muda. Além de haver muito investimento em tecnologia, é importante lembrar que a tecnologia depende das pessoas… Nunca podemos deixar de ter um atendimento humanizado, com nossos colaboradores, agentes de viagens e passageiros. Sempre reciclamos e trocamos experiências com toda a equipe, para que todos entendam essas mudanças de paradigma. As mudanças fazem parte do desenvolvimento humano. E a melhor forma de lidar e adaptar-se a essas mudanças é com treinamento e muita comunicação.

Por Gabriel Emídio e Paulo Atzingen.