Turismo de aventura no Brasil não é sinônimo de esporte radical. Prova disso é a excursão aquática promovida pelo hotel flutuante Iberostar Gran Amazon. Ele foi feito sob medida para quem não pretende correr riscos físicos, mas busca experiências enriquecedoras e diferenciadas nas suas viagens de lazer.
Em um festival de momentos inesquecíveis, durante uma travessia de três ou quatro dias, dependendo do percurso, os passageiros cruzam os rios Solimões e Negro com conforto, bons serviços e segurança. Não se trata de um turismo apenas contemplativo, mas também com muita atividade. Há passeios de lancha, que penetram a floresta inundada, e que permitem contato direto com a selva, animais, índios, artesanato, em uma sucessão de surpresas agradáveis sem fim. No barco, além de piscina, drinques e boa gastronomia, palestras de especialistas permitem desvendar a região, sua geografia, história, habitantes e segredos. O programa se completa com entretenimento, inclusive música típica.
Há dez anos, este projeto pioneiro e exclusivo onde hotelaria e navegação se harmonizam, o navio feito sob medida transporta até 150 passageiros, a maioria estrangeiros, em 76 cabines de luxo. Os hóspedes são atendidos por uma equipe orquestrada que chega a 80 profissionais, dependendo da temporada, sob o comando atento do ex-enfermeiro Winfried August StraBer, um alemão que se apaixonou pela Amazônia e dela nunca mais saiu.
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O Iberostar é uma feliz exceção no turismo brasileiro, que a cada dia recebe um novo golpe oficial que parece confirmar o desprezo geral dos governos pelo setor. A mais recente demonstração, vinda da esfera federal, materializou-se recentemente por um corte monumental de 73% no orçamento ministerial. Jogou-se assim para as calendas a oportunidade de alavancar uma indústria que costuma ser tratada como prioritária no resto do mundo.
Nem mesmo o porto vergonhoso em Manaus, que mistura carga e passageiros numa mesma panela, foi capaz de arrefecer a visão e tenacidade do empresário espanhol Miguel Fluxá e sua família. Apesar dos contratempos e desestímulos, a empresa continua a apostar no Brasil e seu imenso potencial turístico, e neste projeto em particular.
Recomenda-se ao atual Ministro e demais assessores de plantão, na falta de recursos financeiros e bajuladores de ocasião que costumam captar dinheiro do governo para projetos duvidosos, que aproveitem o tempo livre para viajar neste navio. É uma oportunidade única para entender como a iniciativa privada dá aula de como tirar proveito dos privilegiados cenários do país e cultura única de seu povo para produzir um turismo competente e responsável, padrão exportação.