A Feira de Artesanato de Embu das Artes (SP), conhecida internacionalmente por sua variedade e por estar a apenas 15 minutos da capital, completou o ano passado cinquenta anos de existência. Com a pandemia do coronavírus os cerca de 450 artesãos tiveram que arrumar alternativas e a busca de apoio do governo local.
por Patrícia de Campos*
A feira que surgiu paralela a Feira Hippie da Praça da República, em São Paulo, no final da década de 60, ainda traz o D.N.A da vida alternativa e o sentimento de comunidade.
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Organizados em uma associação (AEFEA – Associação dos Expositores da Feira de Embu das Artes) a campanha de arrecadação de alimentos foi a primeira ação, a criação de site para vendas on line foi outra das iniciativas, que embora não resulte em nem 15% do que vendem, conseguem escoar parte dos produtos únicos, resultado da habilidade e criatividade, que vão desde incensos a roupas e quadros e aulas on line, repassando o conhecimento da arte de pintar e de transformar madeiras, panos e pedras em arte.
O governo local isentou os expositores da taxa cobrada pelo espaço das barracas, por todo período de 2020 e fará doação de cestas básicas até a retomada das atividades normais, assim como a suspensão temporária de dívidas com a prefeitura.
Os artesãos mais antigos, muitos vindos de países da América Latina durante o período de ditadura de seus países, tem a marca de sobreviventes em suas almas e tem ensinado aos mais novos o significado da palavra ESPERANÇA.
*Patricia é formada em Comunicação Social (Rádio e TV) pela FAAP, com pós graduação em Marketing pela ESPM. Neta do imortal escritor parnasiano Humberto de Campos, Patrícia é diretora da Gentileza R.P., empresa de representação de hotéis e destinos diferenciados do Brasil.