Mercado deve atingir movimentação de R$ 35 bilhões já em 2022, projetam especialistas
Edição do DIÁRIO com agências
As chamadas Trabel Tech estão crescendo no país. É que mostra o Anuário das Travel Techs Brasileiras, estudo realizado pela Loureiro Consultores em parceria com a Onfly – travel tech, do ramo de viagens corporativas.
Na ocasião foram mapeadas 96 empresas. “O anuário é um trabalho pioneiro, de mapear o ecossistema brasileiro de travel techs, e é apenas o primeiro trabalho de muitos sobre esse mercado”, adianta o consultor Fernão Loureiro, responsável pelo estudo.
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Travel techs são as empresas de tecnologia da informação que prestam serviços de intermediação de viagens, turismo e mobilidade, cada vez mais acessadas pelos diferentes estratos socioeconômicos da população.
O anuário deste ano identificou 219 empresas brasileiras que atendem aos critérios de travel techs, que devem movimentar mais de RS35 bilhões em 2022. Elas foram divididas em sete categorias: Agenciamento e Reservas On-line (63 players), Despesas Corporativas (15), Eventos (26), Experiências (12), Hospedagem (27), Mobilidade (todos os modais; 59 players) e Tecnologia para Outros Players (17).
De acordo com o fundador, sócio e CEO da Onfly, Marcelo Linhares, as 219 empresas mapeadas proporcionam ao público soluções em turismo e mobilidade. “Embora historicamente sejam considerados segmentos diferentes, quando olhamos a jornada do viajante essas verticais se cruzam e se sobrepõem o tempo todo, tornando-se quase indissociáveis”.
A construção do anuário é o primeiro passo para uma série de iniciativas com o intuito de promover e buscar a expansão do segmento de travel techs. “Lançaremos eventos e capacitações ao mercado sobre tecnologia, seja de empresas tradicionais – que também têm tecnologia de serviço ao cliente, controle de custos e rastreamento de pessoas – como especialmente de empresas nativamente digitais”, diz Loureiro.
Marcelo Linhares pontua que a recuperação da atividade turística – uma das mais atingidas pela pandemia de Covid-19 – “passa inevitavelmente por uma transformação digital”, tanto de consumidores como, sobretudo, dos players do mercado. “Estamos defronte do maior desafio da história para o setor. De um lado, milhões de pessoas com hábitos cada vez mais digitais, ávidos pelo retorno das viagens e, de outro, uma indústria totalmente fragilizada e ainda repleta de ineficiências, com baixíssima maturidade digital.”
Linhares acrescenta: “O turismo brasileiro não pode ficar ilhado no meio de tanta disrupção que está acontecendo em outros países e segmentos, proporcionada pela democratização da tecnologia e da digitalização. Nunca a tecnologia esteve tão acessível como agora, e o setor precisa urgentemente se digitalizar ou ficará como coadjuvante nesta nova economia.”