A escolha por destinos menos conhecidos deixou de ser apenas uma tendência e passou a integrar o planejamento de viagem de grande parte dos brasileiros. De acordo com o relatório NowNext’25, desenvolvido pela Omio em parceria com a YouGov, 48% dos entrevistados no País afirmam que o preço é o principal motivo para trocar um destino popular por alternativas fora do circuito tradicional.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias
O estudo ouviu mais de 10 mil pessoas em diversos países e revela que a busca por economia continua a definir o comportamento das viagens de lazer no Brasil. Além do custo, 34% consideram evitar multidões um fator decisivo e 37% afirmam que recomendações pessoais influenciam essa escolha.
A autenticidade também aparece como diferencial: 30% dos brasileiros dizem valorizar experiências ligadas à cultura local, gastronomia regional e tradições. Outros 32% mencionam o interesse por atrações únicas ou de relevância cultural como justificativa para priorizar destinos menos saturados.
Ainda que em menor escala, melhores conexões de transporte (21%), influência de criadores de conteúdo (16%) e preocupações ambientais ou sociais (16%) também pesam no planejamento de viagens.
Segundo a Omio, os dados apontam para uma redistribuição gradual dos fluxos turísticos, favorecendo cidades menores, vilas e regiões com custos operacionais mais baixos. Para Vitor Lalor, gerente geral da Omio no Brasil, a escolha por alternativas é movida por racionalidade:
“Os viajantes procuram preços melhores, menos saturação e um contato mais genuíno com o local que visitam. Essa combinação tende a redistribuir os fluxos de visitantes e aumentar o papel das cidades secundárias no panorama turístico do Brasil.”
As projeções para 2026 indicam que a sensibilidade ao preço, a busca por autenticidade e o desejo de evitar aglomerações devem estimular o turismo em cidades secundárias, vilas costeiras, regiões serranas e centros culturais ainda pouco explorados. A Omio aponta ainda para o avanço da demanda por viagens multimodais — combinando ônibus, trens e voos — como reflexo dessa preferência por rotas menos saturadas e mais competitivas.
“Quando os viajantes encontram opções viáveis em termos de preço, transporte e experiência, o leque de possibilidades se amplia. Mais destinos entram no mapa e o planejamento da viagem se torna cada vez mais estratégico”, completa Lalor.
Sobre o relatório
O NowNext’25 é elaborado anualmente pela Omio em parceria com a YouGov e reúne entrevistas em países como Brasil, Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Japão e Estados Unidos, indicando tendências e prioridades para o próximo ano. Entre os perfis destacados estão os viajantes econômicos, que priorizam custo-benefício, e os viajantes intencionais, que buscam experiências com propósito.




