REDAÇÃO DO DIÁRIO
Camila Arruda é gerente de Operações dos empreendimentos de longa temporada da Nobile Hotéis, entre eles o Beach Class Fortaleza By Nobile.
Camila começou no grupo Nobile como estagiária no Nobile Beach Class Executive, passou para o setor de gerenciamento de vendas e, depois, assumiu a gerência operacional do Beach Class Conselheiro. Ela é formada em Administração de Empresas.
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Nesta entrevista concedida ao jornalista Paulo Atzingen, editor do DIÁRIO, Camila fala sobre esta nova modalidade hoteleira, a Long Stay, acompanhe:
DIÁRIO – Existem diferenças nas operações de um hotel long stay e de um hotel normal?
CAMILA ARRUDA – Dentro do long stay não há uma rotatividade grande de hóspedes como nos hotéis comuns. Dentro da área de long stay fazemos aluguéis. Alugamos apartamentos para os locatários. Nos hotéis fazemos diárias para hóspedes. O sistema de long stay, a pessoa fica um tempo maior do que ficaria em um hotel comum. A operação deste tipo de hotel é mais enxuta em relação aos outros hotéis na parte de funcionários em todas as áreas. Não que o long stay deixe de atender em qualquer serviço. É um aluguel com serviços hoteleiros. A parte de manutenção, governança, lavanderia, café da manhã, temos todas as funções de um hotel.
Para o executivo também é muito positivo, porque, dentro do empreendimento, não é uma coisa tão informal quanto um hotel. Por mais que seja como uma moradia, ele desfruta de serviços hoteleiros.
DIÁRIO – Esse segmento de longa estadia é uma tendência no país? Ele está atendendo melhor o executivo ou a família?
CAMILA ARRUDA – O executivo tem vindo agora para um apartamento que é muito maior do que de um hotel. Geralmente um quarto de hotel de cerca de 17 a 18 metros quadrados. O de long stay tem apartamentos entre 33 a 52 metros quadrados, bem maior, com mais áreas, varanda, sala, cozinha, quarto. Do lado da empresa é um ponto positivo, já que, ao pagar a longa estadia, consegue diminuir seus custos, sem ter que pagar em diárias de hotel. Um flat grande pode atender até dois executivos de uma vez, deixando de pagar duas diárias mais caras em um hotel comum.
Para o executivo também é muito positivo, porque, dentro do empreendimento, não é uma coisa tão informal quanto um hotel. Por mais que seja como uma moradia, ele desfruta de serviços hoteleiros.
DIÁRIO – O long stay pode não ser a opção de um hóspede que quer ficar apenas dois dias, por exemplo?
CAMILA ARRUDA – O sistema dele não é para quem quer ficar pouco tempo. Vai de uma semana a até três meses. O hotel recebe hóspedes a partir de duas noites, mas o formato é, de fato, para longa estadia.
DIÁRIO – Esses não se adaptam a bairros onde tudo é longe, comércios, serviços?
CAMILA ARRUDA – Pelo contrário. Todos buscam comodidade. Uma pessoa quer chegar em casa e ter o apartamento limpo, não tem problemas de manutenção, acorda e não precisa fazer café da manhã. Por incrível que pareça, isso não influencia. O complexo oferece comodidade com todos os serviços. A parte da lavanderia é muito utilizada. É muito difícil essas pessoas lavarem suas roupas, este serviço de lavanderia é muito prático. A mesma coisa com o café da manhã e o bistrô.
DIÁRIO – Um hotel de long stay tem, necessariamente, um grande centro de eventos?
CAMILA ARRUDA – Não possui. São serviços de hospedagem, exclusivamente.