Os concertos na Cripta na Catedral da Sé em São Paulo retornam em abril.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
No próximo dia 30 de abril será a vez das cantoras líricas Marly Montoni e Juliana Taino apresentarem duetos e arias de grandes óperas de Verdi, Puccini, Mozart e outros. Soprano e mezzo-soprano, respectivamente, ambas têm presença de destaque em montagens de alguns dos principais palcos do Brasil como: Teatro Municipal de São Paulo, Praça das Artes de Belo Horizonte e Teatro da Paz, de Belém. Luciana Simões – doutora em Piano Colaborativo pela The University of Southern Mississippi (EUA) – se apresentará acompanhando as cantoras.
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“Dada a dimensão intimista da Cripta, será uma oportunidade bastante especial para o público ver e ouvir de muito perto essas grandes intérpretes”, afirma Camilo Cassoli, diretor geral da série Concertos Cripta. “Essa proximidade não é possível nem nos melhores lugares das principais salas de concerto. Com certeza o público irá se emocionar com a técnica dessas intérpretes”, complementa.
No mês de maio, dia 28, será a vez do Quarteto da São Paulo Chamber Soloist apresentar-se no espaço que fica abaixo do altar-principal da Catedral da Sé. Formado por dois violinos (Alejandro Aldana e Matthew Thorpe), viola (Gabriel Marin) e violoncelo (Rafael Cesário), o grupo traz um recorte da camerata de cordas criada em 2020. No repertório estarão peças de Arturo Márquez, Radamés Gnatalli e Antonin Dvorák.
INGRESSOS GRATUITOS – Os concertos, realizados aos sábados às 16 horas, tem ingressos gratuitos distribuídos a partir das 15 horas, ao lado da Secretaria da Catedral da Sé (à direita do altar principal). São 70 ingressos distribuídos ao público por apresentação.
Realizada a partir do PRONAC 185199, a Série Concertos Cripta tem 30% das apresentações com tradução em LIBRAS. Mapa tátil, guia de visita audiodescrita e folder em braille são disponibilizadas pelo projeto, além de barras de acesso nas escadas e assentos reservados para idosos, obesos e deficientes.
A SÉRIE CONCERTOS CRIPTA – Inicialmente concebido como parte das comemorações dos 100 anos da Cripta da Catedral da Sé, os Concertos Cripta já apresentaram 36 diferentes atrações. Espaços da Catedral que nunca tinham sido abertos ao grande público receberam as atrações, todas com acesso gratuito e transmissão ao vivo por canais do projeto nas redes sociais ( /concertoscripta ) e indicados em www.concertoscripta.com.br
Já se apresentaram nos Concerto Cripta grandes nomes e jovens talentos da música instrumental e do canto coral brasileiros como: Laércio de Freitas, Clara Sverner, Alessandro Penezzi, Caixa Cubo Trio, Duo Siqueira Lima, Pastoras do Rosário, Chico Brown, Salomão Soares, Quarteto Mundana Refugi, Coro Sinfônico de Goiânia e outros.
A CRIPTA DA CATEDRAL DA SÉ – Centenária, a cripta da Catedral da Sé de São Paulo foi inaugurada no dia 16 de janeiro de 1919 – seis anos após o início da construção do atual templo e oito anos após a demolição da antiga Sé.
Capela subterrânea
Capela subterrânea que abriga 30 câmaras mortuárias, a cripta fica 7 metros abaixo do nível da praça da Sé. Acessível por duas escadas localizadas nas laterais do altar-mor e presbitério da Catedral, a cripta tem 365 metros quadrados e foi projetada em formato de cruz. Na nave central, atrás das escadas, estão localizados os túmulos do Padre Diogo Antonio Feijó, regente do Império do Brasil entre 1835 e 1837, e do índio Tibiriçá, cacique da tribo tupiniquim que habitava a região de Piratininga na chegada dos portugueses, em 1554.
Além dos restos mortais de todos os bispos da fase diocesana de São Paulo (entre 1745 e 1908, quando a cidade ainda fazia parte da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro), está sepultado na cripta da catedral o Padre Bartolomeu de Gusmão, que inspirou um dos personagens principais do livro “Memorial do Convento”, do escritor português José Saramago. Acusado de bruxaria por seus contemporâneos e denunciado à Inquisição, Padre Bartolomeu é considerado o inventor do balão de ar quente.