O espaço é ícone da cultura cinéfila nacional
Edição DIÁRIO com agências
O Cine Bijou, um pequeno cinema, especializado em filmes de vanguarda, inaugurado em 1962 na Praça Roosevelt, frequentado por cinéfilos, estudantes, intelectuais, artistas, militantes de esquerda, teve um papel relevante no circuito paulistano, especialmente, no período da ditadura quando era um cinema de resistência diante das limitações da censura.
Veja também as mais lidas do DT
A partir de 1997, o espaço passou a ser alugado para grupos teatrais até 2018.
O novo Cine Bijou será oficialmente inaugurado no dia 25, às 20h, com o filme Zuzu Angel, estrelado pela atriz Patrícia Pillar, grande incentivadora do projeto, que dá nome à sala de exibição
A volta do Cine Bijou se dá pelas mãos da companhia de teatro Os Satyros, que já tem um teatro na praça.
O cinema quer retomar essa tradição de exibir filmes de qualidade, inovadores, que provoquem reflexões, trazer o cinema de volta para o espaço que ele já ocupou na cultura paulistana no passado, como local de exibição para filmes de arte por mais de três décadas.
Nas duas primeiras semanas de fevereiro serão exibidos os filmes, curtas e longas, premiados no Festival Satyricine Bijou, que foi realizado online em setembro de 2021.
Todas as sessões serão duplas, com a exibição de um curta-metragem antes da exibição do longa. Nos dois primeiros meses de funcionamento, a entrada será gratuita e somente a partir de março haverá bilheteria, com preço reduzido, como já acontece no teatro da companhia.
O cinema tem 75 lugares e dois espaços para cadeirantes. A sala de projeção está equipada com projetor com DCP e KDM, além de um player multimidia que permite a projeção em outros formatos.
O Cine Bijou fica na Praça Rooselvelt, 172, no centro de São Paulo.
PC