REDAÇÃO DO DIÁRIO
Conhecer tendências, buscar novas parcerias de mercado e encontrar o que existe de melhor no setor hoteleiro. Essas e outras possibilidades são oferecidas pela Equipotel 2016, que acontece pela primeira vez no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes), de 19 a 22 de setembro. O DIÁRIO entrevistou Alexandre Telles, diretor da Reed Exhibitions Alcantara Machado (promotora e organizadora do evento) e também diretor da feira. Alexandre falou sobre o novo pavilhão de exposições da cidade de São Paulo, o São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, inaugurado em abril deste ano, do relacionamento com os novos clientes e expositores e do valor justo que está sendo cobrado pelo metro quadrado: “uma feira com maior valor agregado e que oferece mais conforto, tanto para o comprador como para o expositor”, define. Acompanhe abaixo a entrevista completa, concedida ao DT:
DIÁRIO – O Expo Imigrantes já existia, já tinha um formato às margens da Rodovia dos Imigrantes. Foi dada uma roupagem nova e está ampliado. Colocar a Equipotel, com 56 anos, num lugar novo é realmente apostar em mudanças…?
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ALEXANDRE TELLES: Tudo foi estudado previamente. Eu poderia te dizer o seguinte: lá é um pavilhão novo em um local antigo. O São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, que antes se chamava Imigrantes, não recebeu uma roupagem nova. Ele foi reconstruído. Hoje, é o melhor pavilhão da América Latina. As soluções, acessos e confortos que existem lá, estão a nível de qualquer grande pavilhão ao redor do mundo. A decisão de levar para lá esteve em linha em receber tanto expositor quanto o visitante ao nível dos principais pavilhões do mundo. A infra-estrutura que nós poderemos montar será bem diferente. Lá é 100% climatizado. Lá o edifício garagem é coberto e bem próximo do pavilhão. São facilidades que antes não existiam!
DIÁRIO – O que é mais importante: ser responsável por uma feira que proporcione melhorias ao mundo, à natureza e às pessoas ou fazer uma feira apenas para ter rentabilidade?
ALEXANDRE TELLES: Tem que ser uma feira que agrega ao mercado, ao mundo e às pessoas, do contrário ela não se sustenta. Quando falamos no conceito em feiras ao redor do mundo. Se a pessoa não vê valor na feira, ele simplesmente não volta na próxima edição, seja expositor ou visitante. É mandatório, acho que a palavra é essa, agregar à sociedade, ao profissional, atender as expectativas que eles buscam. O resultado é consequência disso. Se entregamos o valor adequado ao expositor e ao comprador, o resultado financeiro será uma mera consequência. Dessa forma eu conduzo as coisas com a minha equipe.
DIÁRIO- O valor do metro quadrado do São Paulo Expo, em especial da Equipotel, está competitivo, ou em outras palavras, o expositor pode pagar?
ALEXANDRE TELLES: Fizemos essa mudança para um pavilhão melhor, entregaremos mais valor, mas não financeiro, estou falando de valor agregado. Mas quando nos falamos em valor financeiro, estamos oferecendo um local melhor, com um ambiente de negócio mais adequado. O valor pago por quem quer expor é basicamente com a correção de inflação. Não é porque estamos em um pavilhão melhor que cobramos mais caro. Não é porque você tem ar refrigerado em todo o ambiente, não precisa fazer uma sala fechada e colocar ar-condicionado no seu estande. O custo de montagem é melhor. O piso lá é de ótima qualidade, então o expositor não precisa fazer um tablado daquele elevado. Na prática, tudo isso se traduz em menor investimento para o expositor para participar de uma feira com maior valor agregado e que oferece mais conforto, tanto para o comprador como para o expositor.
DIÁRIO – Qual é a projeção de negócios para a Equipotel?
ALEXANDRE TELLES: Eu não consigo te precisar isso agora. Um evento B2B, é diferente de um evento B2C. Como exemplo: sou responsável pela Bienal do Livro. Chega ao final do evento, o expositor consegue falar de forma muito clara que eu vendi X mil reais de livros e nós arrecadamos X de bilheteria. No B2B, a pessoa vai para fazer um negócio para efetivar a compra meses depois. Por exemplo: eu estou construindo um hotel hoje, vou começar um contrato para começar a fazer compras de lavanderia que só comprarei daqui nove meses, porque agora estou na parte civil.
E tem outro detalhe. Em uma feira B2B cada expositor mensura os resultados de uma forma diferente. Tem expositores que mensuram através da quantidade de pessoas novas que entraram no estande; não mensura a venda, porque fará uma parceria de negócios a longo prazo. Independentemente disso, fazemos uma pesquisa de satisfação, assim, conseguimos mensurar a impressão do expositor.
DIÁRIO – Sob a coordenação da Reed Exhibitions, foi possível trazer mais expositores internacionais?
ALEXANDRE TELLES: O nosso foco não tem sido isso. Nós temos pavilhões internacionais, aproximadamente 10% da feira são empresas de fora. E, isso eu não estou contando como multinacional, a feira já esta instalada no Brasil, ela entra na feira como uma empresa nacional. Aproximadamente 10% da feira são de expositores internacionais. Então, o nosso principal foco é colocar dentro do pavilhão as principais novidades que tem no mundo. E fazemos isso através da RELX Group já que temos mais de 200 agente espalhados pelo mundo. Assim que eles identificam uma coisa que de fato é novidade do mercado brasileiro, atraímos este expositor para expor na Equipotel. O nosso principal objetivo é colocar na Equipotel as últimas tecnologias do mercado de gastronomia, hospitalidade, independente de ser uma empresa nacional ou internacional.
A Reed é proprietária da Equipotel Paris. Já temos isso aqui no Brasil e vamos colocar mais foco. Então, nós sempre fazemos o paralelo; isso já tem no Brasil. Se não tiver, fazemos o possível para trazer esta novidade ao mercado nacional.