A edição de 2014 do Festival Latinidades começou nesta quarta-feira (23), em Brasilia (DF), com um debate sobre as origens da cultura negra e as características da literatura da diáspora – a vinda de negros africanos para a América Latina e o Caribe a partir do século 15, que é a ênfase do encontro deste ano.
Na abertura festival de mulheres negras latino-americanas e caribenhas, a escritora costa-riquenha Shirley Campbell falou sobre as diferenças entre a arte africana e a da diáspora e sobre as raízes que compartilham. “A arte africana é muito ligada a manifestações sobre descrições do cotidiano. A da diáspora, por outro lado, fala sobre a interação da arte negra com outras comunidades."
“O movimento de mulheres negras faz que as suas identidades sejam faladas por suas próprias bocas e não pelas de outros. Há uma sintonia entre as vozes [da América Latina, do Caribe e da África], pois há raízes profundas, mantidas por espiritualidade, memória e genética”, disse a escritora Nina Silva, uma das participantes do primeiro debate do Festival Latinidades.
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O festival, que vai até segunda-feira (28), terá ainda debates sobre temas diversos, oficinas, lançamento de livros, conferências, exibição de filmes e programação musical. Para sexta-feira (25), está previsto um sarau no espaço externo do Museu Nacional. No sábado (26) e no domingo (27), haverá shows a partir das 19h.
A programação completa pode ser acessada na página do evento https://afrolatinas.com.br/programacao/
MVB