Durante o 7º Expo Fórum Visite São Paulo, o Parque da Mônica, que já completou quase uma década desde a sua criação, mostrou os desafios e avanços nos quesitos da acessibilidade e inclusão
*Por Cecília Fazzini, do DIÁRIO
Sob a temática “Acessibilidade e Inclusão – Uma preocupação imediata nas operações de entretenimento”, o Parque da Mônica, que opera na capital paulista, demonstrou as nuances que cercaram a implantação de práticas de acessibilidade, inclusão e sustentabilidade em suas dependências. Fernanda Mascarin, gerente de Receita Interna do Parque da Mônica dissertou com propriedade sobre a jornada de transformação dos negócios e dos novos degraus na política de ESG, que trata da responsabilidade com o meio ambiente e abriga a questão social.
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De acordo com a representante da atração, a gestão do Parque da Mônica se pautou em princípios como disponibilidade, propósito e transparência para encarar, com a devida responsabilidade, o contexto da inclusão, em suas dependências, de pessoas com necessidades especiais, a exemplo de locomoção, visual, auditiva entre outras. Citou números que dimensionam o quadro da urgência na adoção de providências que abordem a questão. De acordo com Mascarin, a estimativa é de que existem 85 milhões de pessoas
com deficiência na América Latina e Caribe, que precisam ser acolhidas pelos produtos e equipamentos turísticos. Ainda no levantamento apontado, um alerta: a exclusão desse visitante representa uma perda de 3% a 5% do PIB.
Desde o início, a filosofia do parque emblemático, que reúne personagens do desenhista Maurício de Souza, conforme a gerente do empreendimento, tem sido: “nós não vamos sossegar enquanto não tivermos todos os visitantes do parque acolhidos”.
Perfil e dados
O Brasil tem uma população de 18,6 milhões de pessoas com algum grau de deficiência ou necessidade especial, de acordo com o IBGE. Esse cálculo é motivador para a continuidade e adoção de políticas que abracem a causa, no entender da gerente do Parque da Mônica. “É preciso ação permanente para promover a diversão segura, com qualidade e inclusiva”, acentuou. Essa a veia condutora para a atração que representa, salienta ela, manter a responsabilidade, transparência, hospitalidade e sustentabilidade entre outras perspectivas na direção do negócio.
Mapear as dificuldades, identificar as questões de transporte e acesso, novos investimentos em adequações estão na mira dos investimentos. Assim como interpretar o que esse público demanda, como intensificar a experiência das crianças especiais na estrutura do parque, além da lição de casa frequente em relação à segurança, operacionalidade das atrações e preparo da equipe. Mascarin relatou que muitas famílias usam o parque como quintal social, para ambientação dos menores em locais de grande concentração e movimentação de pessoas.
Providências para minimizar o desconforto e proporcionar maior bem-estar aos pequeninos com necessidades especiais fazem parte da rotina do Parque da Mônica como som desligado e iluminação reduzida, na primeira hora de funcionamento das instalações. Com igual objetivo o parque mantém uma ‘sala do silêncio’ para contornar qualquer tipo de incômodo para pessoas portadoras de alta vulnerabilidade sensorial. Também há gratuidade no ingresso para pessoas com deficiência até 17 anos e a identificação visual com o ‘cordão de girassol’ para deficiências ocultas.
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