REDAÇÃO DO DIÁRIO
A MasterCard, empresa de tecnologia com foco na indústria global de pagamentos, participou do 11º Latin American Corporate Travel Experience (LACTE), e foi representada por Eduardo Hansel, seu diretor de produtos comerciais. Durante o evento, a empresa mostrou a evolução do ecossistema do MasterCard Controle e como as soluções corporativas podem ajudar as empresas em cada fase do processo de viagem: planejamento, viagem, despesas e análise. Em cima dessas ideias e serviços, o editor do DIÁRIO, jornalista Paulo Atzingen, entrevistou Eduardo Hansel, acompanhe:
DIÁRIO – Você apresentou um painel sobre as soluções corporativas da Mastercard como uma maneira de ajudar as empresas no processo de viagem. Qual a diferença dos cartões Mastercard para outros cartões que oferecem praticamente os mesmos serviços?
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EDUARDO HANSEL – Hoje, a Mastercard é a única que oferece uma solução que apresenta um número de cartão oficial. No momento que é feita a reserva de viagem pela empresa, o agente de viagens consegue gerar um número de cartão virtual da Mastercard só para aquela promoção. Isso, hoje, é diferente de tudo o que existe. Diferente porque normalmente se trabalha com um número de cartão fixo, esse número fica de posse da agência de viagens. Do ponto de vista de segurança, com esse número que existe hoje nas agências pode haver algum tipo de vazamento, fraude, mau uso. Com a solução da Mastercard, você tem um número de cartão virtual por transação e que só vale para aquela promoção. Isso traz uma segurança muito grande para o processo.
A outra diferença é que no mundo de pagamentos atual, nas empresas, esse cartão, que não é um cartão virtual, armazenado na agência correndo risco de vazamento, precisa ser enviada uma série de informações para as empresas para efetuar o pagamento. No processo de envio das informações hoje em dia acontecem após a transação e demora uma série de imperfeições, no sentido de qualidade de dados e quantidade de dados. Com a solução da Mastercard, essas informações enviadas após a transação em relação às soluções antigas, no momento em que a agência de viagens gera o número de cartão virtual, as informações são automaticamente enviadas.
Estes são os principais diferenciais: a segurança, com esse número virtual que pode ser utilizado uma única vez pelo cliente corporativo; e o outro é que, no momento em que este cartão é gerado, todas as informações que o cliente vai precisar já são capturadas diretamente na agência de viagens. É muito mais simples que as soluções que existem hoje.
No momento em que este cartão é gerado, todas as informações que o cliente vai precisar já são capturadas diretamente na agência de viagens
DIÁRIO – Você apresentou uma segmentação do programa Mastercard, que é o Mastercard SmartData. Pode falar sobre ele?
EDUARDO – Comentei que uma vez que a pessoa faz a viagem, além do pagamento feito pelo cartão, essas informações que teriam que ser capturadas e enviadas ao cliente corporativo. Os concorrentes da Mastercard fazem esse processo posteriormente e disponibilizam através de relatórios feitos manualmente, sem uma plataforma. O SmartData é um portal no qual os clientes corporativos têm acesso a todos os tipos de transação efetuadas com cartões corporativos Mastercard. Uma plataforma única que recebe essas informações, são capturadas imediatamente e imediatamente carrega o SmartData. Essas informações podem ser mostradas ao cliente da forma que ele quiser. A Mastercard é a única bandeira que mostra todos os pagamentos de todos os tipos de transação em um único portal.
DIÁRIO – Uma recente matéria do El País aponta para a aceleração do dinheiro virtual. Qual é a sua previsão para esta “plastificação’ do dinheiro. O Brasil está andando a passos largos em relação a isso?
EDUARDO – Essa é uma tendência com uma força enorme. Toda vez que você pensar em transações que exijam um nível de segurança elevado, para contextualizar, se uma grande empresa quer fazer uma reserva de viagem, não existe um plástico. O mundo de cartões virtuais é uma tendência de força enorme e toda vez que se pensar em transações, existe um número de cartão, mas não existe um plástico ou uma pessoa digitando a senha, sempre que houver esse tipo de situação, é muito comum no mundo corporativo a transação acontecer sem a presença do portador do cartão. A tendência é muito forte e a Mastercard é pioneira nisso no Brasil, principalmente no segmento corporativo. Isso tem dado muito certo para criar um ecossistema que vai disseminar e padronizar esses processos. Temos agências que já trabalham com esses números de cartão virtuais. Para se ter ideia, essa tendência é tão forte que estamos expandindo para mais três bancos. Temos os principais emissores de cartões corporativos Mastercard habilitados a trabalhar com esse método de pagamento. A tendência é dominar os pagamentos corporativos do mercado.
Temos agências que já trabalham com esses números de cartão virtuais. Para se ter ideia, essa tendência é tão forte que estamos expandindo para mais três bancos
DIÁRIO – O Brasil está à frente de outros países, pensando na América do Sul, em relação a esses avanços?
EDUARDO – O Brasil dita a tendência neste caso, pois tem o maior mercado da região em termos de viagens corporativas e é um mercado onde se tem uma competição muito grande de produtos e soluções em diferentes bancos. É um mercado mais complexo. Do lado da Mastercard, desta solução que trabalhamos, temos uma aderência e temos trabalhado muito bem no mercado argentino e em outros mercados da região onde a empresa processa informações.
Acho válido o sistema adotado pela Tim e, quem sabe por outras operadoras de telefonia e internet: Quando se faz a recarga de crédito, via celular, é emitida uma NSU por SMS informando a transação de crédito realizada. Como os dados são enviados para o telefone do cliente, há uma certa segurança implícita: celular e cartão de crédito, normalmente são portados pelo proprietário deles. Seria uma sugestão até para os hotéis que para efetuarem a reserva, exigem todos os dados do cartão; quem sabe adótem a modalidade telefônica citada. Sou cliente Mastercard e, só não uso mais, devido a política do banco emissor de “perpetuar” no cadastro a situação inicial: Universitário. Já sou formado há quase 19 anos! e, neste período até houve atualização cadastral para financiamento. Mas Brasil tem esta peculiaridade, nas relações de crédito e pagamentos.