RETRÔ 2018 – Publicado dia 25 de setembro
CONSELHO EDITORIAL DO DT
O tempo em que o DIÁRIO DO TURISMO está no mercado participando de encontros, eventos, inaugurações, premiações e cortes de fita conseguiu identificar um dado consistente: a inconsistência. Seja a inconsistência de carreiras que se desmancharam por excesso de inteligência e projetos, seja a inconsistência de empresas que quebraram por estarem acostumadas a grandes lucros, seja a inconsistência de ideias brilhantes que não foram adiante por se tratar mais de utopias do que de sonhos realizáveis e executáveis. Inconsistência de governos nem falaremos neste espaço.
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Mas neste mesmo tempo verificamos um segmento da economia formal que vem se moldando às novas tendências: as feiras. Elas não se deixam abater com a crise da economia e mesmo com uma redução em média de 25% em tamanho e em número de participantes continuam apresentando novas formas de se adaptar a esse ambiente econômico inóspito do Brasil.
R$ 16,3 bilhões só em São Paulo
Empresas e empresários prestadores de serviço têm apostado em feiras de negócios e investem em inovações para ganhar mercado. Novos aplicativos, novas matérias primas, novas maneiras de reserva de hotel para grupos com atendimento on-line, ações de compensação ambiental para grandes eventos. Isto tudo integra parte dos R$ 16,3 bilhões que o setor movimenta apenas em São Paulo, Estado que concentra o maior número de feiras do país, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe). São 2.009 eventos no Brasil, ao ano, sendo a maior parte nas regiões Sudeste (834) e Sul (681).
Novas feiras
Segundo Armando Campos de Mello, presidente executivo da Ubrafe, mais de 90% dos fornecedores desse mercado são de porte reduzido, que também enfrentam reflexos da crise econômica, mas não desistem, seguem em frente: “90% de prestadores de serviços do setor de feiras de negócios são PME, que também enfrentam reflexos da crise econômica. Com relação às feiras de negócios, notamos uma diminuição de até 25% em número de visitantes, porém trata-se de um público mais qualificado. E, em número de expositores, uma queda de até 8%. O que está acontecendo é o surgimento cada vez maior de novas feiras, as de nicho ou setorizadas que são muito importantes para o desenvolvimento dessa atividade”, disse Armando ao DT.
Dividida em pilares de conteúdo e experiência, bases para um evento bem sucedido, a Equipotel inovou do começo ao fim (Crédito: Eric Afonso DT 360º)
Equipotel: consolidando vendas
Um exemplo dessa postura antenada para a adaptação e novas tendências é a feira Equipotel organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado que aconteceu na última semana em São Paulo. Seu sucesso refletiu o bom ânimo do setor hoteleiro agora em recuperação.
E contrariando a economia, uma área da Equipotel que mais cresceu reuniu empresas de tecnologia com soluções de gestão de hóspedes, processos e reputação de hotéis. Muitos expositores relataram que estão consolidando vendas em 2018 junto a pequenos e médios hoteleiros, que perfazem 80% dos 31,3 mil meios de hospedagem brasileiros identificados em 2016 por pesquisa do IBGE.
Preview
Dividida em pilares de conteúdo e experiência, bases para um evento bem sucedido, a Equipotel inovou do começo ao fim. O DIÁRIO parabeniza a organização do evento que pela primeira vez, em feiras nacionais, realizou um preview com os jornalistas participantes antes do início da exposição, uma forma de estabelecer linhas de comunicação mais diretas entre imprensa e expositores. Nada mais justo para um evento que fomenta, transpira e vende hospitalidade. Que outras feiras sigam o exemplo.
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