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Eric Ribeiro: o Samurai da Vida, da Luz e da Objetiva

Há guerreiros que manejam espadas. Outros, como Eric Ribeiro dos Santos, duelam com a luz, eternizando momentos entre cliques e silêncios. Aos 40 anos, completados nesta sexta-feira (14), Eric celebra não apenas uma data, mas uma travessia – marcada por paixão, resiliência e amor à arte de contar histórias através das suas fotos.
por Cecília Fazzini com EDIÇÃO DO DIÁRIO

Nascido e criado na Cohab 1, em Arthur Alvim, Eric carrega o orgulho da Zona Leste de São Paulo. Entre suas raízes e rotas, viveu em Itaquera e Barueri, mas foi ao lado do filho, Vinícius, de 16 anos, que construiu seu verdadeiro lar. Torcedor fervoroso do São Paulo, herdou da bola os instintos de luta, persistência e estratégia — virtudes que hoje aplica por trás das lentes.

Desde a última segunda-feira (dia 10 de fevereiro), Eric abre um novo capítulo: passa a integrar a equipe de comunicação da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, marcando sua estreia no setor público após uma longa e vibrante jornada pela imprensa especializada.

Eric na Bahia

Eric Ribeiro: pai, fotógrafo, guerreiro

Se a fotografia lhe ensinou a capturar instantes, a paternidade o fez compreender a eternidade. Desde que Vinícius, então com dois anos e meio, passou a viver com ele, Eric abraçou com devoção o papel de pai — um ofício que desempenha com rigor e ternura.

A vida, com seus altos e baixos, moldou seu caráter. Em 2023, após perder o pai, voltou a morar com a mãe, sua grande confidente. No horizonte, aguarda a reforma de seu tão sonhado apartamento — símbolo de uma conquista que foi pacientemente construída, clique a clique.

Da infância ao foco: o olhar que nasceu antes da câmera

Muito antes da câmera, Eric empunhava outra paixão: a bola. Entre os 5 e os 15 anos, viveu o sonho de ser jogador profissional. Vestiu a camisa das categorias de base do Corinthians, fez testes no Cruzeiro, mas descobriu que seu campo de jogo seria outro: o mundo através das lentes.

Seu primeiro contato com a fotografia foi quase acidental: uma máquina simples da irmã, que aspirava à profissão. Mas o que era brincadeira virou destino. E o destino logo se apresentou em forma de oportunidade.

Eric Ribeiiro
Com Rogério Ceni, lá atrás, com a camisa do filho (arquivo pessoal)

Brasilturis e os mestres do caminho

Em 2001, aos 16 anos, Eric entrou no mundo do turismo como office boy do jornal Brasilturis. Quatro anos depois, quando surgiu uma vaga de diagramador, não hesitou: fez curso no Senai e se lançou ao desafio.

Mas foi em 2006 que seu olhar encontrou a cena que mudaria sua história. Incentivado por Paulo Atzingen e Roberto Maia, então repórter e editor do jornal, recebeu a missão de cobrir o Carnaval paulistano. Com uma câmera simples e uma credencial, capturou a imagem de Viviane Araújo, estreando como rainha da bateria da Mancha Verde. O clique revelou mais do que talento: revelou vocação.

Entre eventos, viagens e perrengues

Com humildade e determinação, Eric traçou seu caminho. Em 2013, deixou o Brasilturis para integrar a equipe do Mercado & Eventos. Vieram feiras, viagens, coberturas — e, claro, perrengues. Na era do filme, anotava nomes à mão para não errar as legendas. Nos grandes eventos, escapava dos flashes para capturar a alma por trás da cena.

A pandemia de 2020 testou sua resiliência. Com o setor paralisado, vendeu o carro para investir em novos equipamentos e manteve viva sua missão. “Eu não paro. Me dá a missão, que eu encaro”, costuma dizer.

Eric Ribeiro
Fora do trabalho, Eric é alma de samba. Entre amigos e batuques, canta Zeca Pagodinho e recorda os tempos de arquibancada (arquivo pessoal)

Entre cliques e paixões: samba, futebol e memória

Fora do trabalho, Eric é alma de samba. Entre amigos e batuques, canta Zeca Pagodinho e recorda os tempos de arquibancada. Vibra com os ídolos da infância: Bebeto, Romário e Ayrton Senna, cuja vitória era sempre acompanhada de emoção ao som do hino nacional.

Mas seu maior título é outro: a liberdade de contar histórias. Sem deslumbramento, sem excessos — com a conduta impecável de quem entende que o maior espetáculo é o respeito ao ofício. “Vou para um evento e você não vai me ver bebendo. Conduta correta é essencial”, afirma com orgulho.

O menino de Arthur Alvim, que queria ser jogador, tornou-se protagonista de outra arena: a do turismo. Aqui entronado por Marcelo Freixo (presidente da Embratur, Vinícius Lummertz (ex-ministro do Turismo) e Toni Sando (presidente do Visite São Paulo) divulgação

Entre sonhos e horizontes

O menino de Arthur Alvim, que queria ser jogador, tornou-se protagonista de outra arena: a do turismo. Entre fotos, viagens e eventos, Eric não apenas registra a história — ele a vive. E sonha: Ter sua própria agência de viagens, para não só vender roteiros, mas realizar sonhos; Fotografar Fernando de Noronha, formar o filho, concluir sua casa e, quem sabe, eternizar o turismo em um grande acervo de memórias visuais.

Eric Ribeiro: O Samurai da Vida, da Luz e da Objetiva

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