Etnoturismo aproxima turistas para conhecer experiências com povos originários

Continua depois da publicidade

Etnoturismo traz consigo o grande impacto socioambiental positivo e apoia os povos originários de maneira prática e se aprofundar em suas culturas por meio de vivências sustentáveis.

Já pensou em realizar uma expedição em que você tem contato direto com a vida, cultura, saberes, medicinas tradicionais e outros aspectos de um determinado povo indígena brasileiro?

O Etnoturismo é uma das principais opções de turismo sustentável e de impacto, não só para quem o realiza, mas também para os moradores da região, que recebem os grupos e obtêm uma fonte de renda extremamente significativa. A expedição também desperta a preocupação socioambiental, preservando a biodiversidade local, o modo de vida e saberes ancestrais.

Veja também as mais lidas do DT

Aldeia Shanenawa (foto: divulgaçao)
Aldeia Shanenawa (foto: divulgaçao)

As aldeias indígenas que atuam com este tipo de prática oferecem serviços de estadia, alimentação, diversas oficinas e vivências, que aproximam os visitantes de seu modo de vida, realizando um intercâmbio entre pessoas que muitas vezes têm rotinas radicalmente diferentes do apresentado, o que potencializa as trocas realizadas. A venda de artesanato movimenta a economia local e traz inúmeros benefícios para as famílias.

Moradores de Unidades de Conservação e Terras Indígenas, cada vez mais pressionados por forças de desmatamento, atividades garimpeiras ou até mesmo pelo avanço das cidades, precisam, continuamente, atuar na mobilização, conscientização e divulgação de acontecimentos do seu dia a dia para que sigam como os guardiões dos nossos biomas.

E é aí, mais uma vez, que vivenciar experiências em tais locais gera impactos positivos para seus moradores que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), detêm cerca de 11% do território brasileiro.

“O turismo sustentável na aldeia Shanenawa tem trazido muito aprendizado, conhecimento e ajuda financeira para dar oportunidade de pessoas realizarem cursos, graduações e capacitações fora da aldeia e, posteriormente, para que sejam aplicados dentro dela. É uma experiência de grande importância e que vem trazendo uma contribuição no fortalecimento sustentável.”

Aldeia Shanenawa (foto: divulgaçao)

“O turismo vem ajudando nas dificuldades que temos, inclusive está contribuindo com a faculdade das minhas duas filhas. Isso tem sido uma porta aberta para vender nossos artesanatos, mostrar nossa cultura e provar que não somos menos do que qualquer outra cultura ou povo brasileiro. Nunca na nossa história havíamos tido essa oportunidade”, destaca o Cacique Teka Shanenawa, do povo Shanenawa do Acre.

Quando realizado de forma responsável e com cuidados socioambientais, o turismo é também uma ação de resistência, pois aproxima a população não-indígena dos povos originários, de sua cultura, espiritualidade e saberes ancestrais, valorizando-os, ajudando a protegê-los e quebrando preconceitos ou estereótipos, além de ajudar a manter as terras nas mãos de seus donos originais e provando seu uso sustentável.

Boas práticas ao imergir em terras indígenas

Após conhecer e entender o que o Etnoturismo oferece e suas implicações, é hora de saber como imergir numa cultura que pode ser impactante e bastante diferente das vivências em centros urbanos. Há algumas dicas, que tendem a facilitar a chegada a esses locais. Um dos principais pontos é que o território a ser visitado necessita de maior atenção com aspectos básicos. Confira:

  • Regras: Terras indígenas possuem algumas regras específicas, como não consumir bebida alcoólica; não fazer barulho excessivo para não perturbar a fauna; não marcar nomes ou sinais em árvores, pedras, placas ou qualquer outro bem natural ou do parque e deixar pedras, conchas, flores e todos os outros itens no local.
  • Registros: Vídeos e fotos são bem-vindos, mas acompanhados de bom senso. Não tire fotos de crianças desacompanhadas ou sem seu consentimento, assim como pessoas com corpos expostos ou em situações que possam gerar constrangimento.
  • Pesquise: Conhecer uma aldeia índigena, mesmo que dentro de seu país, é um aprendizado e provoca choque cultural. Busque aprender sobre aquela comunidade antes da visita e dê preferência para palavras e termos apropriados. Como maneira de reforçar a pauta indígena, com boas formas de comunicação, a Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (APIB) disponibilizou um conteúdo informativo.
Aldeia Shanenawa (foto: divulgaçao)

Expedições em terras indígenas

Há diversas maneiras de conhecer aldeias indígenas de forma sustentável e com experiências realmente imersivas, evitando o turismo predatório, superficial e estereotipado.

A Vivalá, organização especializada em turismo sustentável no Brasil, possui três Expedições criadas em parceria com povos indígenas brasileiros nas terras indígenas Katukina Kaxinawá, no Acre, Kariri Xocó, no Alagoas, e Tenondé Porã, em São Paulo, nos biomas da Amazônia e Mata Atlântica.

Terra Indígena Katukina Kaxinawá, Acre

No coração da maior floresta do mundo, a Amazônia, e dentro de um dos estados com a maior diversidade de povos indígenas do Brasil, se encontra a Aldeia Shanenawa, do povo Shanenawa, conhecido como povo do pássaro azul.

Neste lugar repleto de fauna e flora, com tradições muito preservadas e grande acolhimento de seus moradores, a vivência atrai viajantes do mundo inteiro, que buscam uma profunda conexão com a natureza e consigo mesmo, além de aprendizados e novas formas de ver o mundo.


EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências

 

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade