China e Estados Unidos concordaram em ampliar significativamente os termos para vistos de viagem, disse nesta segunda-feira (10), o presidente norte-americano, Barack Obama, em Pequim, ao anunciar uma medida que, segundo ele, melhoraria o comércio e os laços empresariais entre as duas maiores economias do mundo.
Sob o acordo, o qual entrará em vigor em 12 de novembro, ambos os países estenderão os termos de diversos vistos de entrada para viagens de turismo ou negócios de um para para 10 anos, disse a Casa Branca em um comunicado que complementou as declarações do presidente. Vistos de estudante serão ampliados para cinco anos, ante um ano.
“Como resultado deste arranjo, os Estados Unidos esperam dar boas-vindas à crescente participação de viajantes chineses aptos, injetar bilhões (de dólares) na economia dos EUA e criar demanda suficiente para dar apoio a centenas de milhares de empregos adicionais nos EUA”, disse a Casa Branca em comunicado.
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Obama fez o anúncio a líderes empresariais durante o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, após chegar a Pequim para o primeiro dia de uma viagem pela Ásia.
A extensão de alguns vistos para cidadãos chineses para 10 anos se equipara ao que é atualmente permitido para cidadãos de países com relações mais próximas com os EUA, como nações da Europa e o Brasil. Um representante dos EUA disse que o acordo para vistos permitiria que os EUA acessassem o crescente mercado de turistas chineses viajando pelo mundo. Os EUA agora atraem apenas 2 por cento do turismo chinês.
“Vemos isso como uma verdadeira vitória”, disse o representante, estimando que os EUA poderiam ganhar 440 mil empregos até 2021 e receber uma infusão anual de 85 bilhões de dólares na economia norte-americana como resultado da nova política. Também será mais fácil para que investidores e empresários chineses se envolvam em projetos nos Estados Unidos.
Um outro representante do governo disse que o benefício político do maior contato entre norte-americanos e chineses “lidaria com algumas das principais fontes de desconfiança e concorrência no cerne da relação EUA-China”. Viajantes chineses há tempos reclamavam sobre as amplas filas de esperas para conseguir o visto norte-americano, embora os EUA tenham dito que houve progresso significativo.