EUA: Quase 2 milhões de pessoas pegaram voos no início do feriado do Memorial Day

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As duas maiores empresas aéreas dos Estados Unidos adotaram visões diferentes sobre a retomada das viagens, às vésperas do início da temporada de férias do verão americano, quando mais pessoas estão passando pelos aeroportos do país do que em qualquer outro momento desde a chegada da pandemia.

Por Claire Bushey — Financial Times, de Chicago (Com Valor Econômico)

A Agência de Segurança nos Transportes dos EUA (TSA, na sigla em inglês) registrou que quase 2 milhões de pessoas pegaram voos no início do feriado do Memorial Day na sexta-feira, o maior número diário desde março de 2020.

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No total, 7,1 milhões de pessoas viajaram entre a sexta e a segunda-feira – menos do que as 9,7 milhões do mesmo feriado em 2019, mas cinco vezes mais do que em 2020.

Apostando que a alta é um sinal do que está por vir, a American Airlines, que tem sede no Texas e é a maior empresa aérea americana em quilômetros de voo por passageiro, ampliou sua capacidade de voo programada para junho e julho a patamares apenas pouco inferior ao de 2019.

A American Airlines colocou à venda em junho um número de assentos 7% menor do que no mesmo mês de 2019, segundo a empresa de dados do setor de aviação Cirium. Para julho, o número é apenas 5% menor.

A United Airlines, segunda maior em quilômetros de voo por passageiro, que tem uma exposição internacional maior do que a American Airlines, programou para junho um número 30% menor de assentos do que no mesmo mês de 2019. Para julho, a empresa está vendendo 20% a menos do que no mesmo mês de dois anos atrás.

“Os cronogramas refletem diferenças nas exposições e forças geográficas, além de graus variados de agressividade ou conservadorismo das equipes executivas”, disse a analista Savanthi Syth, do banco de investimento Raymond James.

“A American, definitivamente, tem sido mais agressiva nas expectativas de recuperação em relação à Delta e à United. No entanto, ela também se beneficia de uma maior exposição a [rotas] domésticas.”

O analista Jon Jager, da Cirium, destacou que a United Airlines, historicamente, costuma ter menos voos no verão do que a American Airlines e a Delta Air Lines, além de também ter a maior proporção de voos internacionais entre as três maiores empresas aéreas americanas. Como muitos países ainda restringem o turismo externo, a United Airlines não vem transportando passageiros de cidades menores aos seus aeroportos centrais para conexões a voos internacionais.

“Há uma falta de passageiros internacionais para sustentar seus voos domésticos”, disse.

A United Airlines informou que “ao longo da pandemia e do início de sua recuperação [a empresa aérea] continuou a operar uma programação para sua rede que equipara a capacidade e a demanda”.

Os dados da Cirium também mostram que as duas empresas colocaram no ar praticamente a mesma proporção de sua capacidade programada durante a pandemia, um período em que muitas companhias aéreas propagandearam voos para testar o mercado, mas no fim das contas cortaram os mais deficitários.

A United Airlines realizou 80% dos voos programados em 2020, enquanto a American Airlines, 77%. Em 2021, as duas realizaram 99% dos voos programados. (Tradução de Sabino Ahumada – Valor Econômico)

 

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