Fundada em 2011 no Rio de Janeiro por João Ricardo Mendes e seu irmão, a Hurb, inicialmente conhecida como Hotel Urbano, surgiu como um site de compras coletivas. Rapidamente, reposicionou-se como uma agência de viagens online, oferecendo pacotes promocionais com foco em viagens de curta duração fora de temporada .
REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências
A empresa atraiu investimentos significativos de fundos internacionais como Insight Venture Partners e Tiger Global Management. Em 2015, a Booking Holdings adquiriu uma participação minoritária por US$ 60 milhões, avaliando a empresa em aproximadamente R$ 2,6 bilhões .
No entanto, a Hurb enfrentou uma série de controvérsias nos anos seguintes. Durante a pandemia de COVID-19, a empresa vendeu pacotes de viagens com datas flexíveis a preços reduzidos, mas muitos consumidores relataram não ter conseguido realizar as viagens ou obter reembolsos. Em 2023, a empresa acumulava mais de 100 mil ações judiciais, incluindo mais de 12 mil apenas no Rio de Janeiro .
João Ricardo Mendes, então CEO, foi destituído do cargo em abril de 2023 após uma série de escândalos, incluindo ameaças e xingamentos a clientes em grupos de WhatsApp, além de vazamento de dados pessoais de consumidores .
Prisão preventiva de João Ricardo Mendes
No último domingo, 27 de abril de 2025, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de João Ricardo Rangel Mendes, ex-CEO da Hurb. Ele havia sido preso em flagrante na sexta-feira, 25, sob suspeita de furtar obras de arte de um hotel de luxo e de um escritório de arquitetura localizados na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense .
Imagens de câmeras de segurança mostram o executivo removendo as peças dos estabelecimentos. As obras, avaliadas em aproximadamente R$ 23 mil, incluem esculturas de cerâmica e quadros; parte delas foi recuperada na residência de Mendes, situada em um condomínio de luxo na mesma região. Uma das obras, estimada em R$ 17 mil, ainda não foi localizada .
Durante a audiência de custódia, a juíza Andressa Maria Ramos Raimundo, da 32ª Vara Criminal da Comarca da Capital, justificou a prisão preventiva com base na “gravidade em concreto do crime” e na necessidade de proteger a ordem pública e econômica. A magistrada também destacou o histórico criminal de Mendes, que possui diversas anotações por crimes patrimoniais anteriores . (Fontes: O Estado de São Paulo, UOL e Wikipédia)