A primeira exposição das obras da artista Tomie Ohtake após sua morte, em 12 de fevereiro deste ano, está em cartaz até o dia 7 de junho no instituto que leva o seu nome, em São Paulo. A exposição Tomie Ohtake 100-101 apresenta obras inéditas da artista e também um vídeo em sua homenagem, com depoimentos de críticos e artistas como Jac Leirner, Leda Catunda e Carmela Gross, entre outros.
A exposição, com entrada gratuita, tem curadoria de Paulo Miyada e apresenta cerca de 30 pinturas produzidas pela artista nos seus últimos anos de vida, entre novembro de 2013 e dezembro de 2014.
“Desde 2012, a Tomie vinha fazendo apenas monocromos. E todos coloridos, com cores que já tinham aparecido em sua produção como o amarelo, o vermelho e o azul. Mas, nesse último ano de produção, já com 100 anos, ela fez uma modificação no modo de produzir. Mudou a pincelada, o gesto”, explicou Carolina de Angelis, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do instituto que leva o nome da artista.
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Além das pinturas, há também esculturas produzidas em metal em que o gesto manual do processo evidencia-se pelas curvas e torções. “Também faz parte da exposição um conjunto de cartas de Paulo Myiada [que dialogam com as obras]”, acrescentou Carolina.
A obra de Tomie Ohtake varia da pintura à gravura e à escultura. Há também mais de 30 obras públicas espalhadas por cidades como São Paulo (no Auditório Ibirapuera e na Avenida 23 de Maio, por exemplo), Belo Horizonte, Curitiba e Brasília. Em 2013, aos 100 anos de idade, Tomie ganhou 17 exposições pelo país. (Agência Brasil)