Por Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado
Observar atentamente a pintura de Frida Kahlo (1907-54), pode nos ajudar a compreender o sofrimento sentido e vivido pela artista. Suas telas representam sua fragilidade física e emocional, e seu engajamento político corajoso, daí ter se tornado símbolo da luta feminista mexicana. Frida possui um sentimento sanguíneo e exacerbado e transforma em arte suas emoções conturbadas, bem como traduz suas raízes mexicanas das quais tanto se orgulhava.
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Frida aos 22 anos se casa com o muralista Diego Rivera. Ela era magrinha e tinha saúde frágil devido a uma poliomielite contraída na infância. Aos 18 anos, quando voltava da escola em um ônibus, ela sofreu um grave acidente: sua coluna vertebral quebrou-se em três lugares, teve 11 fraturas na perna, e o pé foi esmagado. O osso da bacia partiu-se em três. Mas ela não se deixou abater, e na convalescença tornou-se pintora.
Um ano depois do acidente, quando Diego pintava seu primeiro mural na Cidade do México, Frida foi procurá-lo para lhe mostrar seus trabalhos e pedir sua opinião. Diego a encoraja ao mesmo tempo que se apaixona pela jovem. “Eu pinto o que vejo, você o que vai dentro do seu coração”, confessa sem compreender como tanta agonia e poesia cabem em uma pintura: “dura como aço e fina como asa de borboleta”. E começam um relacionamento tão apaixonado quanto turbulento, pontilhado de infidelidades, separações e reconciliações.
A obra de Frida instiga o observador a dialogar com sua pintura. São obras fortes que nos revelam sua natureza: “Nunca resolvi fazer um quadro que tivesse importância sem me entregar prontamente a ele”.
A relação da pintura de Frida Kahlo com a corrente naif é evidente. Para ela, é uma pintura que se alimenta do real, feita de sinais e de símbolos, e que age como uma espécie de exorcismo. Quando olhamos seus quadros, lemos suas cartas, e refletimos sobre suas experiências, nos damos conta do modo impetuoso como ela abriu seu caminho para o cerne da vida.
As verdadeira obras-primas não mudam nem envelhecem. A arte de Frida Kahlo está viva, continua exercendo influência aos artistas ao redor do mundo, além de ser um dos estandartes mais populares da cultura mexicana. Hoje ela é considerada estrela de primeira grandeza da mitologia latino-americana.
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