Falência de Agência de Viagem mobiliza a Polícia Civil e gera prejuízo estimado em R$ 3 milhões a cerca de 300 clientes da Rota Turismo, em São João da Boa Vista (SP).
REDAÇÃO DO DIÁRIO com jornais regionais
A cidade de São João da Boa Vista (SP) foi surpreendida pela notícia da falência da Rota Turismo, empresa que encerrou suas atividades deixando aproximadamente 300 passageiros sem reembolso. A proprietária da agência enviou mensagens aos clientes informando que a empresa havia chegado ao fim de suas operações e que não possuía condições financeiras para ressarcir os valores pagos.
De acordo com a Polícia Civil, já foram registrados pelo menos 170 boletins de ocorrência, e os prejuízos acumulados podem ultrapassar R$ 3 milhões. A corporação instaurou quatro inquéritos e mantém todo o efetivo empenhado na coleta de depoimentos e na apuração das circunstâncias que levaram à falência da empresa.
Falência de Agência de Viagem gera frustração e suspeitas de golpe
Entre os clientes lesados está a administradora Amanda Gregório, que planejava uma viagem em grupo para os próximos dias. Segundo ela, os pagamentos haviam sido quitados há dois meses, mas as reservas não foram confirmadas.
“Eu paguei toda a viagem, tanto a minha quanto a das pessoas que iam comigo. Ela dizia que estava tudo certo, mas não estava”, relatou.
A técnica de enfermagem Márcia Guimarães também foi surpreendida. Ela e a filha, Letícia Marques, viajariam pela primeira vez para Salvador em dezembro. “Ela mandou uma mensagem dizendo que estava falida. Foi um sonho destruído. A viagem para Salvador era um sonho antigo”, lamentou Letícia.
Comentários de Usuários do Fala São João, jornal local:
Investigação aponta possível esquema de pirâmide
A advogada Isabela Pesoti Lise, que atende alguns dos clientes prejudicados, informou que há indícios de que o caso possa envolver um esquema de pirâmide financeira. “Elas usavam o dinheiro de um cliente para comprar a passagem do próximo. As últimas pessoas a pagar acabavam sendo lesadas”, explicou.
Em nota enviada aos passageiros, a proprietária Michele afirmou que, após diversas tentativas de reestruturação e negociação, “não foi mais possível manter as operações da empresa em funcionamento” e declarou não ter condições de reembolsar os serviços contratados e não prestados.
As investigações seguem em andamento. A Polícia Civil busca reunir provas e ouvir testemunhas para encaminhar o caso ao Ministério Público.