Empresário há mais de três décadas e com boa experiência no setor público, Felipe Gonzalez se dedica atualmente mais às suas empresas. Em 2007, como fundador e diretor do Grupo Cassinotur, agregou a Cassino Turismo, e a Natural Travel, receptivo oficial da CVC em Foz do Iguaçu e a Bliss Incentive e Eventos. Com essa visão empreendedora e administrativa, foi nomeado pelo prefeito da época para exercer o cargo de Secretário Municipal do Turismo e teve o apoio da Itaipu Binacional e todas as instituições que formam o Conselho Municipal do Turismo/COMTUR.
Através da Gestão Integrada, união do setor público e privado, iniciada por Gonzalez, Foz do Iguaçu começou a viver um novo momento na sua economia e o crescimento do turismo gerou notícias e manchetes em jornais nacionais e internacionais.
No seu histórico consta a presidência da ABAV-PR, presidência do Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu/ COMTUR, presidência do Iguassu Convention & Visitors Bureau – ICVB, Secretário Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu. Atualmente, Felipe Gonzalez é o vice-presidente da ABAV-PR. Em entrevista ao DIÁRIO, o empresário falou sobre o destino Foz do Iguaçu, sobre os produtos da Cassinotur, entre outros assuntos. Confira:
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DIÁRIO – Foz do Iguaçu tem atrações turísticas bastante conhecidas dos brasileiros. Vocês incentivam os turistas a visitar alternativas ao Parque Nacional e às Cataratas? se sim, quais?
FELIPE GONZALEZ – Sim, as atrações turísticas de Foz do Iguaçu são conhecidas e reconhecidas mundialmente, como é o caso das Cataratas do Iguaçu, Itaipu Binacional, Parque das Aves e também pelo fato de estarmos em uma região de tríplice fronteira. Toda a equipe do Grupo Cassinotur, desde o atendimento de plantão, setor comercial, operacional e os guias de turismo orientam sempre os passageiros a visitarem o Parque Nacional do Iguaçu e realizarem os passeios disponíveis dentro do Parque, como é o caso do Macuco Safari, as trilhas do Poço Preto e das Bananeiras, além de desfrutarem toda a estrutura de serviços que se concentra dentro do Parque, lanchonetes, bar, restaurante e lojas de souvenir. O Parque Nacional do Iguaçu possui uma infraestrutura de serviços completa e muito bem estruturada, o que permite aos passageiros conforto e qualidade durante a visita ao atrativo. Também as Cataratas lado Argentino são imperdíveis!
DIÁRIO – Felipe, classifique aqui, em percentuais, o fluxo de turistas estrangeiros que as suas empresas trabalha: Americanos, Canadenses, Europeus, sulamericanos etc. em porcentagens…
FELIPE GONZALEZ – Fazem parte do Grupo Cassinotur as empresas Natural Travel, que é o receptivo oficial da CVC em Foz do Iguaçu, a empresa Cassinotur, que opera multimarcas e a empresa Bliss, que está localizada dentro do hotel WISH Resort Golf Convention, que opera o segmento de eventos, corporativo e também o mercado internacional. 97% dos clientes da Natural Travel são brasileiros e 3% estrangeiros. Com a Cassinotur, a porcentagem é de 75% para brasileiros e 25% para estrangeiros. A Bliss atende 40% de estrangeiros e 60% brasileiros.
DIÁRIO – Como ex-secretário de turismo de Foz de Iguaçu, como o senhor analisa a atuação do setor público no turismo do destino atualmente?
FELIPE GONZALEZ – Em 2007, quando assumi a Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu, em conjunto com as entidades COMTUR, Iguassu Convention Bureau e Itaipu Binacional, criamos a estratégia de Gestão Integrada do Turismo de Foz do Iguaçu, onde o planejamento estratégico de ações de promoção, divulgação e captação de eventos para a cidade era criado em conjunto e os recursos eram divididos entre as três entidades que dispunham de orçamento, levando em consideração o papel e a finalidade de cada entidade, ficando a Secretaria Municipal de Turismo com as ações mais voltadas ao segmento de Visitors (feiras e eventos do setor de turismo no mundo todo), atendimento à famtours, press trips e também com as ações estruturantes da cidade, além dos estudos e estatísticas do setor. O ICVB era responsável pela captação de eventos e ações estratégicas como a captação de voos para o destino, atuando com o vilão do mercado corporativo e de eventos. A Itaipu Binacional, através da diretoria de Comunicação Social, era responsável pela estratégia e desenvolvimento de campanhas promocionais do destino que potencializasse todas as ações previstas no plano. Na época, foi criado também o Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística, Fundo Iguaçu, que arrecada percentual de valor referente ao ingresso do Parque Nacional do Iguaçu e de Itaipu Binacional e essa instituição foi criada para dar suporte nas áreas de projetos estruturantes e de promoção do Destino. Toda essa estratégia funcionou muito bem, pois todos atuavam em prol do desenvolvimento do setor, em conjunto com ações voltadas para resultado.
Em 2012, finalizamos a nossa gestão à frente da pasta e o atual prefeito assumiu, mas o orçamento da Secretaria de Turismo tem deixado a desejar e muitas ações estão tendo que ser assumidas pelo ICVB e Itaipu
Em 2012, finalizamos a nossa gestão à frente da pasta e o atual prefeito assumiu, mas o orçamento da Secretaria de Turismo tem deixado a desejar e muitas ações estão tendo que ser assumidas pelo ICVB e Itaipu, que não possuem orçamento para tanto e expertise para ações que são de caráter governamental, mas, graças a essa estratégia e a reestruturação do ICVB, as ações continuam sendo realizadas. Uma estratégia como essa só tem sucesso desde que as entidades cumpram suas metas e assumam suas responsabilidades de acordo com o seu documento jurídico e finalidade, é uma estratégia que deve ser realizada em constante sinergia entre as entidades, mas sabemos que tudo depende de pessoas que ocupam os cargos e tem como prioridade motivações que os fazem lutar pelo bem comum e interesse do desenvolvimento turísticos do nosso destino.
DIÁRIO – A alta do dólar tem levado mais brasileiros ao destino? Como o problema econômico atual do Brasil tem influenciado a ida de turistas ao destino?
FELIPE GONZALEZ – Em Foz do Iguaçu existem dois extremos com a alta do dólar, existe um incremento notório de turistas estrangeiros, mas prejudica muito o comércio do Paraguai, sendo que é uma atração do destino a possibilidade de realizar compras de produtos importados, em uma viagem de caráter e preço de viagem nacional. Gostaríamos de contar com um dólar na faixa de R$ 2,50 até no máximo R$ 3, assim, continuaríamos contando com a geração de empregos, pois muitos brasileiros são empregados no Paraguai e a distribuição de renda na cidade seria melhor.
DIÁRIO – Foz do Iguaçu também recebe muitos turistas interessados em compras na vizinha Ciudad del Este. Vocês têm essa possibilidade nos roteiros?
FELIPE GONZALEZ – Nossas empresas oferecem o tour de compras ao Paraguai, sendo todos os passeios acompanhados por guias de turismo credenciados, uniformizados, que passam informações importantíssimas sobre a cota de compras, declaração de bagagem para legalização de mercadorias que excedem o valor da cota de U$ 300, documentação necessária para o cruzamento da fronteira e o passageiro pode desfrutar de 4 horas de compras em Ciudad Del Este, onde o ponto de apoio e para dos veículos do Grupo Cassinotur se localiza no Shopping Del Este, bem na entrada da cidade e dispõe de excelente estrutura para receber os passageiros, além de que esse shopping contempla várias lojas que ofertam produtos das mais varias marcas importadas de diversas modalidades, como eleitor eletrônicos, acessórios, roupas, bebidas, perfumes, produtos para casa, chocolates, jogos, entre outros.
