REDAÇÃO DO DIÁRIO
Foi aprovado pelo Senado no último dia 12 de julho a Lei que altera as condições de trabalho dos aeronautas. De acordo com entidades do setor (leia-se Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR)), a nova lei acarretará num impacto de cerca de R$ 200 milhões, o que poderá afetar o custo dos bilhetes e comprometer ainda mais a malha aérea e aqueles destinos com custos mais elevados.
Em entrevista nesta terça-feira (19) ao DIÁRIO, o presidente da Avianca, Frederico Pedreira, falou a respeito. Segundo ele, implantar leis que vão contra os padrões internacionais só dificultarão ainda mais o competitivo mercado das companhias aéreas brasileiras:
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“A Avianca se apoia no seguinte pensamento: qualquer divergência contra os padrões internacionais de aviação só fará com que o Brasil perca competitividade com as outras companhias aéreas”, afirmou ao DIÁRIO.
“A Avianca se apoia no seguinte pensamento: qualquer divergência contra os padrões internacionais de aviação só fará com que o Brasil perca competitividade com as outras companhias aéreas”
Ainda, segundo Frederico, qualquer mudança acarretará dois tipos de impacto. “No voo doméstico, uma passagem mais cara para o nosso cliente, atrasando o desenvolvimento no Brasil. Já em voos internacionais, a situação é um pouco mais complicada, pois neste, nós competimos diretamente com companhias que não possuem as mesmas regras, leis e regulamentações e que ao contrário, são diferentes e mais favoráveis em alguns casos, quando comparadas com as do Brasil”, disse o executivo.
“Não é uma briga justa”
Para Frederico, as empresas aéreas internacionais têm limitações muito menores do que as impostas às companhias brasileiras . “Não é uma briga justa. Por isso que quando exclamamos que não queremos nada mais que os mesmos padrões internacionais são os mesmos que a própria IATA defende. Dessa maneira, atenderemos o passageiro de uma forma muita melhor”, acentuou.