Frente Parlamentar Mista da Hotelaria Brasileira (FPhotel) defende hoje a manutenção do PERSE, em Brasília

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DIÁRIO participa da mobilização em Brasília como mídia convidada.

Por Paulo Atzingen, de Brasilia*


A Frente Parlamentar Mista da Hotelaria Brasileira (FPhotel) reuniu-se hoje, dia 5 de março, no Congresso Nacional, em Brasília.

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São hoteleiros, profissionais dos setores de turismo e de eventos, representantes de entidades de classe e sindicatos laborais de todo o Brasil que fazem um ato em defesa da manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), extinto pela medida provisória 1202, editada pelo governo federal no final de 2023. O ato tem por objetivo afirmar a importância do programa para a hotelaria nacional e demonstrar seu desacordo com a medida, além de ressaltar os danos que ela pode trazer para o setor de turismo.

Casa cheia discutindo o PERSE (credito: Secom/Senado)
Frente Parlamentar Mista pelo Perse
Senado debate extinção de apoio ao setor de eventos (Crédito: Secom/Senado)

Senado debate extinção de apoio ao setor de eventos

Na sessão de debates temáticos do Senado, o presidente da Associação Brasileira da Industria de Hotéis ABIH NACIONAL, Manoel Linhares, citou números:

“Mais de 80% dos nossos hotéis fecharam suas portas, e os que bravamente permaneceram abertos, permaneceram com ocupações que, em muitos momentos, mal chegavam nos 5% durante mais de dois anos de pandemia”, disse Manoel.

“O que mais nos surpreende é que os recursos para o programa já estão previstos na Lei Orçamentária de 2024”, exclamou Manoel.

Segundo dados do CAGED, apresentados por Linhares, o cenário de insegurança compromete a continuidade da recuperação do setor, que, em novembro, foi o que mais empregou no Brasil, batendo 14 mil e 900 vagas de empregos formais.

“O PERSE não é um capricho; é uma necessidade!”, disse Manoel Linhares. “Revogá-lo seria como retirar esse salva-vidas no meio de uma tempestade ainda não completamente superada”, frisou.

Manoel Linhares (ABIH) e Orlando de Souza (FOHB) entre os senadores na mesa plenária (Credito: Secom/Senado)

Orlando de Souza, presidente do FOHB, também fez uso da palavra.

“A pandemia teve um impacto devastador e afetou nosso setor nunca antes vista. Mais de 70% dos hotéis ficaram totalmente fechados em 2020. De 700 a 750 hotéis fecharam as portas. Se não tivesse uma intervenção imediata materializada via Perse, seria um desastre no nosso setor”. Pela primeira vez fomos atendidos por uma política pública”, pontuou.

Intercalando falas de parlamentares e representantes do setor, a seção foi presidida pelo Senador Veneziano Vital do Rego.

Manoel Linhares entre os senadores Veneziano Vital, vice presidente da Frente Parlamentar de hotelaria (à esquerda) e  deputado Gilson Daniel, presidente da Frente

Insegurança jurídica

Thiago de Mattis Marques, advogado representante da Resorts Brasil, falou sobre insegurança jurídica. “O Perse não é um favor fiscal, é uma necessidade para compensar perdas do setor”, afirmou. “Sua interrupção cria em toda classe empresarial brasileira uma insegurança jurídica injustificada”.

Frente Parlamentar Mista da Hotelaria
Thiago de Mattis Marques, advogado representando da Resorts Brasil, falou da insegurança jurídica que pode surgir com a suspensão do PERSE

Segundo os organizadores, participam nesta terça-feira (5) da Frente Parlamentar Mista da Hotelaria Brasileira (FPhotel) em Brasília, cerca de 700 pessoas.


*O jornalista viajou convidado pela ABIH Nacional

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