Governo contesta reivindicação dos agentes de viagens

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(Redação do DT) – Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (10), o Governo Federal contesta o movimento de empresas, em especial as agências de viagens representadas pela Associação Brasileira de Agências de Viagens do DF (ABAVDF), e o Sindicato das Empresas e Agências de Turismo (SINDETURDF) que contestaram nesta data, na esplanada dos Ministérios, a compra direta de serviços e produtos pelo governo, conhecido por Central de Compras.

Segundo a nota do governo, a compra direta de passagens aéreas pelos órgãos públicos federais já proporcionou uma economia média superior a 30% na aquisição de bilhetes em relação aos preços praticados anteriormente para deslocamentos nacionais. “A expectativa é que a medida possa gerar uma economia potencial de despesas da ordem de R$ 132 milhões, considerando-se os gastos com passagens aéreas em 2014 e os ganhos alcançados até o momento com o projeto desenvolvido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)“, informa a nota.

Ainda segundo o informativo, emitido pela Secretaria de Imprensa/Presidência da República, numa comparação feita entre os bilhetes emitidos via agenciamento em 2013 e a compra direta em 2014, verificou-se uma diferença de até 64% nos valores, como é o caso de uma viagem de Brasília para o Rio de Janeiro. “O valor médio do bilhete emitido por meio das agências era de R$ 601,04, enquanto que a passagem comprada diretamente custa, em média, R$ 216,00″.

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Segundo a nota, as agências funcionavam como intermediárias de um serviço que é, de fato, das companhias aéreas. “Atualmente, a compra direta de bilhetes aéreos já é utilizada por 74 órgãos públicos habilitados para emissão. Ao adquirir bilhetes em larga escala, o governo consegue negociar condições mais favoráveis com companhias aéreas credenciadas como, por exemplo, descontos nos preços das passagens e reserva de assentos, com a manutenção das tarifas por até 72 horas”.

Outro lado

No entanto, na avaliação de Carlos Vieira, presidente da ABAV-DF , a medida do Governo Federal desnuda e revela a falsidade da propaganda oficial que alardeia apoio às micro e pequenas empresas. “Ao contrário do que alguns ainda podem ingenuamente pensar, a realidade é que a ação do governo não ficará restrita às passagens aéreas. Outros setores da economia também serão afetados, como indicam as novas Compras”, rebate Carlos Vieira.

Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, Cláudio adiantou que no dia 9 de julho (do ano passado), um dia antes do credenciamento oficial das companhias aéreas, o governo editou uma medida provisória de número 651, conhecida como medida submarino, já que foi inserida no meio de outros assuntos, – e esta estabeleceu que o governo deveria comprar as passagens aéreas  através da central de compras, e as companhias aéreas teriam isenção por meio da Lei Kandir, com a isenção de 7,6% de imposto. “Onde está a economia?” Pergunta o presidente da associação. 

A nota do governo informa ainda que “O governo não vai ceder a interesses setoriais descontentes com projetos que beneficiam toda a sociedade”.​

 

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