Hotéis reforçam compromisso com sustentabilidade e eliminam ovos de galinhas confinadas

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O setor hoteleiro se junta a um movimento global que inclui empresas como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Unilever e McDonald's (Crédito: Andrew Skowron)

Os viajantes estão cada vez mais atentos ao impacto ambiental e social das redes hoteleiras. Segundo uma pesquisa da Booking.com, 49% dos turistas preferem acomodações com certificações sustentáveis. Além da economia de recursos e do gerenciamento de resíduos, um dos temas que mais desperta atenção é a origem dos alimentos, especialmente a forma como os animais são tratados na produção. (REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências)

O confinamento de galinhas em gaiolas para a produção de ovos é uma das práticas mais criticadas. Em resposta, grandes redes hoteleiras vêm eliminando esses produtos de suas cadeias de suprimentos, alinhando-se às expectativas dos consumidores.

Accor lidera adoção de ovos cage-free na América Latina

A Accor assumiu o compromisso de eliminar ovos de galinhas confinadas até 2025 em suas operações nas Américas. Atualmente, 98% dos hotéis da rede nos EUA e Canadá já utilizam ovos livres de gaiolas, assim como 87% na América Central e Caribe e 59% na América do Sul.

“Nosso objetivo é garantir que nossa cadeia de suprimentos reflita nosso compromisso ético e sustentável”, afirma Antonietta Varlese, SVP de Sustentabilidade da Accor Américas. A iniciativa tem sido amplamente comunicada aos hóspedes e recebeu feedback positivo, fortalecendo a reputação da marca.

Outras redes, como Atlantica, Best Western, Fasano, Hyatt, Marriott e Wyndham, também adotaram políticas cage-free, reforçando a tendência no setor.

A Accor assumiu o compromisso de eliminar ovos de galinhas confinadas até 2025 em suas operações nas Américas (Crédito: Andrew Skowron)

Impacto do confinamento de galinhas na cadeia produtiva

As galinhas criadas em gaiolas enfrentam condições extremamente restritivas, sem espaço para expressar comportamentos naturais, como ciscar ou esticar as asas. Segundo o Animal Welfare Footprint Project, essa privação causa sofrimento psicológico e vulnerabilidade a doenças, elevando o uso de antibióticos e aumentando o risco de resistência antimicrobiana.

“A eliminação dos ovos de galinhas confinadas representa um avanço essencial para reduzir o sofrimento animal”, explica Julia Almeida, da Animal Equality. A ONG tem negociado com grandes empresas para implementar políticas cage-free, reforçando a transparência e a responsabilidade corporativa.

O setor hoteleiro se junta a um movimento global que inclui empresas como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Unilever e McDonald’s, mostrando que sustentabilidade e ética são pilares fundamentais para o futuro da hospitalidade.

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