De uma só tacada serão eliminadas 12 superintendências, 43 gerências e 104 coordenações na estrutura da Infraero. O corte abrange também oito centros de suporte espalhados pelo país.
Valor Econômico
Em processo de reestruturação e com quatro anos seguidos de prejuízo operacional, a Infraero deve implementar na segunda-feira um dos maiores enxugamentos de sua história recente.
De uma só tacada serão eliminadas 12 superintendências, 43 gerências e 104 coordenações. O corte abrange também oito centros de suporte espalhados pelo país, que hoje dão sustentação técnica e administrativa aos aeroportos da rede Eles vão fechar e as decisões ficarão concentradas na sede em Brasília. Haverá apenas quatro unidades regionais de apoio e com estrutura mais enxuta: Congonhas (SP), Jacarepaguá (RJ), Recife e Manaus.
“A empresa está superdimensionada e temos que aplicar um remédio amargo”, disse ao Valor o presidente da Infraero, Antônio Claret. De acordo com ele, o gasto com a folha de pessoal atinge R$ 2 bilhões por ano e representa cerca de dois terços das despesas operacionais. Com a perda de mais quatro aeroportos, que foram leiloados na semana retrasada, o quadro se agrava. “Precisamos enxugar a máquina. Não dá para segurar.”
A meta da estatal é reduzir o número de funcionários na ativa dos atuais 10,8 mil para seis mil até o fim de 2018. Cada empregado tem custo médio de R$ 180 mil por ano. Nos aeroportos privados, a despesa gira em torno de R$ 115 mil anuais por trabalhador, segundo Claret. Boa parte da diferença se explica pelo acúmulo de benefícios e gratificações, que também são alvo dos cortes.