O MAPA encerrou no último fim de semana e com isso, Itabira (MG) tem circuito de arte urbana, com obras permanentes que formam uma grande galeria de arte a céu aberto
Na última semana, com a realização do MAPA (Mostra de Arte Pública), Itabira (MG) ganhou uma belíssima galeria de arte pública a céu aberto. Inclusive, nomes fortes do cenário, como Kobra, Mag Magrela, Millo, Zéh Palito, Bolinho e Bracher, assinam os murais e instalações públicas.
Então, valorizando a cultura popular, as comunidades e a arte contemporânea, a cidade mineira ganhou obras permanentes. Agora, elas passam a fazer parte do roteiro turístico e cultural do local.
Além disso, Itabira é muito conhecida e visitada por ser a terra natal de Carlos Drummond de Andrade. Mas agora, além dos caminhos Drummondianos, que têm como objetivo principal possibilitar maior contato do público com a poesia de Drummond e algumas de suas inspirações, o público terá mais uma opção de lazer e turismo. Isso porque terá a oportunidade de apreciar um circuito de arte urbana.
Itabira (MG) tem circuito de arte urbana: veja detalhes e localização das obras
As pinturas e instalações públicas localizam-se em diversos pontos da cidade. Além disso, a obra do artista Kobra faz referência ao ilustre itabirano Carlos Drummond de Andrade e foi desenvolvida em uma empena de 32 metros de altura no Hotel IT. Ele localiza-se na Avenida Duque de Caxias, 1220, Centro.
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Já a obra de Mag Magrela está localizada na avenida Carlos Drummond de Andrade, 50, Centro. Por sua vez, a de Millo está na avenida João Pinheiro, 475, Centro; e a de Zéh Palito está na Travessa da Saúde, 2, Centro.
Além disso, também participaram da mostra artistas locais que foram selecionados pela convocatória exclusiva para artistas itabiranos. Então, Annosca, Confuso, Gus Pucci e Lolly & Lourena pintaram o muro da EEMZA, uma das principais escolas de Itabira, que fica na Rua Irmãos D’Caux, 100, Centro.
Ainda, dois murais dos artistas Drin Cortes e Thiago Alvim foram inaugurados como surpresa. Inclusive, as obras localizam-se no Hotel Itabira – R. Tiradentes, 113, Centro e na Av. João Pinheiro, 634, Centro, respectivamente. Ao todo, foram cerca de 900 m² em área pintada, com aproximadamente 50 horas de trabalho de pintura em cada obra, em sete murais permanentes.
Exposições permanentes e que referenciam Carlos Drummond de Andrade
Já Raquel Bolinho e Carlos Bracher criaram instalações públicas, ambas também em homenagem ao poeta itabirano. Inclusive, Bolinho fez uma escultura inédita de 3,5 metros de altura de um Bolinho representando Drummond menino e está instalada na praça da EEMZA.
Além disso, a instalação é um presente para a cidade e ficará exposta permanentemente. Ainda, essa é a primeira instalação feita por um grafiteiro brasileiro para ser exibida permanentemente em um mesmo local.
Drummond também sempre fez oposição artística, ambiental e filosófica contra a mineração e destruição do Pico do Cauê. Então, Bracher ilustrou o pico antes e depois da sua destruição. Inclusive, essa é uma das ilustrações que ganharam grandes dimensões em uma instalação site specific criada para a fachada da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, no centro de Itabira. Nesse local, a obra do Bracher fica em exibição por um mês.
“Estamos muito felizes com a primeira edição do MAPA, que certamente ajudou a colocar Itabira no mapa da arte urbana brasileira. A gente conseguiu fazer uma entrega linda, com mais de sete obras permanentes, transformando a cidade numa grande galeria a céu aberto, em um circuito de arte pública que é possível ser feito totalmente à pé”, comenta Juliana Flores, uma das curadoras do MAPA.
Itabira (MG) tem circuito e festival contou com vasta programação cultural
Ainda, o evento contou com uma programação ampla, gratuita e para públicos de todas as idades. Além das pinturas e instalações públicas, foram realizadas oficinas de grafitti com Bolinho e Mag Magrela. Inclusive, cada uma das oficinas gerou mais um mural, pintado coletivamente pelos participantes, em territórios descentralizados da cidade.
Além disso, houve bate-papo do projeto “Sempre Um Papo” com o muralista Kobra, bem como intervenções urbanas e oficina de Tagtool (desenho com luz), ambas com o VJ Suave. Aconteceram também intervenções poéticas pela cidade, sarau de poesia e uma festa de encerramento com sete horas de programação. Na festa, houve a apresentação de dois DJ’s, Batalha de Freestyle e quatro shows, entre eles de Mac Julia e Lamparina. Ainda, cerca de duas mil pessoas participaram da festa.
Evento impactou positivamente a cidade
Com toda essa programação, a curadora comentou que o Festival teve um impacto positivo na cidade. “As pessoas estão amando, já estão olhando os prédios imaginando que são telas à espera de novas obras. Cada um se relacionou de uma forma única com as obras, escolhendo as suas preferidas. É muito lindo e emocionante ver o impacto positivo da arte no dia a dia das pessoas e as novas cores que a cidade ganhou com as obras”, destacou Juliana Flores.
Ainda de acordo com Juliana, o festival ajuda a cidade a construir uma nova identidade. “Se Itabira foi desenvolvida com sua história atrelada à mineração e também claro, marcada pelo seu itabirano mais famoso, Drummond, que foi homenageado em algumas obras do MAPA, hoje a Itabira está olhando para o futuro e construindo uma cidade mais acolhedora, mais afetiva, uma cidade que quer sonhar, quer construir uma história que transcende a mineração, que valoriza seu povo, sua origem e sua diversidade. E eu acho que o MAPA, esse grande circuito de arte pública, colabora para isso”, finalizou.
Itabira (MG) tem circuito de arte urbana e festival gerou emprego e renda
De acordo com a organização do festival, cerca de 80 mil pessoas foram impactadas indiretamente pelas obras. Além disso, cerca de 60 profissionais foram contratadas de forma direta, sendo que 50% profissionais são naturais ou residentes de Itabira. Ainda, cerca de 70 fornecedores foram envolvidos, sendo mais de 60% de Itabira.
“Para Itabira o Mapa é um divisor importante para o que estamos construindo. O evento é um sucesso estrondoso, com repercussão nacional e o nome da cidade sendo divulgado nos quatro cantos do país”, comentou prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage.
“A população teve contato com grandes nomes das artes urbanas, artistas da cidade puderam contribuir também com essa construção coletiva. É a confirmação da vocação de Itabira como um ambiente cultural e turístico e um marco para uma cidade que busca uma nova reinvenção. Estamos muito satisfeitos com todo o legado do Mapa e já pensando o evento do ano que vem”, acrescentou o prefeito.
Ainda, o festival MAPA Itabira foi realizado pela Prefeitura de Itabira e Associação Cultural Casinha, com produção e curadoria da Pública Agência de Arte. Além de contar com a parceria do Consulado da Itália em Belo Horizonte.
Itabira (MG) tem circuito de arte: veja detalhes das obras e localização dos murais
*Confidências do Itabirano
Kobra
It Hotel Itabira – Av. Duque de Caxias, 1220 – Esplanada da Estação
32m de altura x 7,50m de largura
240m² de área de pintura
*A Fuga da Terra
Mag Magrela
Itaurb – Av. Carlos Drummond de Andrade, 50 – Centro
10,40 de altura x 8,78m de largura
92m² de área de pintura
*S/título
Millo
Av. João Pinheiro, 475 – Centro
aproximadamente 17m de altura x 21m de largura
aproximadamente 373m² de área de pintura
*Black Love/Amor Preto
Zéh Palito
Praça da Saúde, 2 – Centro
7m altura x 11m de largura
77m²
*DiVersos
Annosca, Confuso, Gus Pucci, Lolly e Lourena | Artistas convocatória
EEMZA – R. Irmãos D’Caux, 100 – Centro
2,75m de altura x 29,77m de largura
81,86m² de área de pintura
*Coração itabirano
Drin Cortes
Hotel Itabira – R. Tiradentes, 113 – Centro
Drin 3m de altura x 1m de largura
3m²
*S/ título
Thiago Alvim
Av. João Pinheiro, 634. Centro.
4m de altura x 8m de largura
32m²
Para saber mais, acesse o Instagram: @mapa.festival e/ou o site oficial do festival.
EDIÇÃO DO DT (CF) com agências.