Com 56% dos votos válidos, o candidato do PSL derrota Fernando Haddad e será o 38º presidente da democracia a partir de 2019. Apresenta uma agenda conservadora que vai testar os limites do Judiciário e terá a pressão da esquerda, que sai enfraquecida das urnas.
O Brasil governado por Jair Bolsonaro a partir de janeiro de 2019. Venceu o candidato que liderou a corrida presidencial desde o início, e será o 38º presidente eleito democraticamente no país. Com quase 56% dos votos, o capitão da reserva, que assume o figurino da extrema direita no poder, conseguiu vencer seu adversário nas urnas, e sobreviver aos movimentos de repúdio que seu nome suscitava.
Nunca uma eleição havia provocado tanta angústia, medo e raiva, com uma violência que atingiu o próprio candidato. Ele quase perdeu a vida após o ataque com faca que lhe furou o intestino. O Brasil teve ainda dois eleitores mortos por seus seguidores. Um na Bahia, e outro no Ceará. Foi o estresse que se estabeleceu num país que vive uma crise de identidade desde que a Lava Jato escancarou as entranhas do sistema político brasileiro. Foi nessa brecha que Bolsonaro se embrenhou, como o candidato antissistema, mesmo sendo deputado por 28 anos.
Seus eleitores celebraram com fogos, e buzinaços em várias partes do Brasil quando seu nome foi confirmado. A campanha do PT para firmar uma mensagem de que a democracia estava em risco foi derrotada. Os eleitores de Bolsonaro não permitiram que os petistas se apropriassem dessa retórica e apontaram o combate à corrupção e a necessidade de alternância de poder para justificar seus votos.
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