Um hotel que foge à regra dos hotéis convencionais e que se ajusta à natureza como se fosse parte da paisagem. Mais ou menos assim, Jennifer Coll Luddec descreveu o Hotel Remota, que fica no coração da Patagônia chilena, em Puerto Natales. “O Remota foi feito para a Patagônia, um conceito de hotel, diferente de qualquer outro hotel que vemos em outras partes do mundo”, disse ao DT, durante a WTM América Latina, ocorrida de 22 a 24 de abril em São Paulo. O DIÁRIO a entrevistou, acompanhe:
DIÁRIO – Jennifer, você pode descrever o hotel Remota?
JENNIFER LUDDECK – Sim, Remota é um conceito de hotel. É muito diferente de qualquer outro hotel que vemos em outras partes do mundo. Foi feito para a Patagônia e a ideia do arquiteto sempre foi criar um espaço na Patagônia onde podemos admirar de dentro de um refúgio, a imensidão da Patagônia. Esta é a primeira ideia do nosso arquiteto, German Del Sol, que ganhou um prêmio nacional de arquitetura por esta construção.
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É um hotel em que a principal ideia é viver a Patagônia por dentro dela mesma. Por isso, temos as janelas super-largas para que entre a luz. O edifício comunica-se com o vento e pressentimos que o hotel está vivo. Remota não poderia estar em outra parte do mundo, a não ser, na Patagônia.
DIÁRIO – A matéria-prima, os insumos, são da própria região?
JENNIFER LUDDECK – Sim, toda a estrutura é em lenga e ciprestes. São madeiras que têm mais de quatro mil anos de idade. Temos um lema de compromisso social. Todas as pessoas que trabalham na Remota são chilenas, tudo o que se compra como matéria-prima se compra em Punta Arenas. Não compramos nada produzido em outros lugares. A ideia é criar um ecossistema econômico, onde um hotel grande como o Remota possa ajudar pequenos empresários a crescerem e desenvolverem suas empresas na região.
A ideia também é atrair o brasileiro que queira um pouco mais, que não queira fazer o que faz todo mundo
DIÁRIO – O público que vocês recebem são pessoas que valorizam a exclusividade?.
JENNIFER LUDDECK – É um all inclusive orientado às excursões. Recebemos, principalmente, americanos dos Estados Unidos e depois europeus. Um all inclusive focado na aventura, na pesca esportiva, mas distinta, cuidadosa. Nossa equipe se dedica, há oito anos, em escolher as melhores localidades para os pescadores. Também damos uma importante atenção aos serviços.
DIÁRIO – O Remota é um grupo econômico ou um empreendimento familiar?
JENNIFER LUDDECK – Um empreendimento familiar.
DIÁRIO – Como você vê o mercado brasileiro para o público do Remota?
JENNIFER LUDDECK – O Brasil é um mercado que busca coisas distintas, mas principalmente, creio que o Chile seja um super-destino para o Brasil. O brasileiro se encanta com o Chile. Mais do que qualquer coisa, gosta da Patagônia, apesar de sua temperatura sempre baixa. Mas isto está completamente ultrapassado. A ideia também é atrair o brasileiro que queira um pouco mais, que não queira fazer o que faz todo mundo. Acho que há muito público no Brasil para o que estamos oferecendo. O mercado brasileiro é um mercado que tende a crescer muitíssimo para o Remota. O Brasil tem muito potencial.