Jornalista de Porto Alegre faz um balanço do turismo Riograndense

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Porto Alegre recebeu nos meses de janeiro e fevereiro deste ano uma média de 700 estrangeiros por dia, que vinham à cidade fazer negócios, conforme mostram estes três quadros abaixo:

O movimento do mês de março foi ceifado em mais de 80% após o dia 20 e a partir daí, a
aviação mundial entrou em Lockdown.

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por José Justo*


Com a pandemia do coronavírus, os passageiros desapareceram e não há previsão de retorno pelo menos enquanto a aviação do país não for equacionada e, caso seja, as primeiras cidades a serem retomadas serão as maiores, que funcionam como HUBs: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Recife.

Porto Alegre não deverá ser uma das primeiras a retomar os voos internacionais, devido ao panorama nada alentador da CoVid-19 nos países do MERCOSUL, de onde vinha boa parte de seus passageiros, somado aos problemas financeiros das empresas que movimentavam o mercado aéreo. Alem disso, o fato de o Brasil estar bloqueado por alguns países da Europa, também dificulta a retomada com mais arrojo. Americanos e orientais, que chegavam em voos através de Rio de Janeiro, Sao Paulo e Lisboa, devem ser os primeiros a voltar aos pagos gaúchos.

A malha aérea, que contemplava ao redor de 1200 voos semanais no Aeroporto Salgado Filho, administrado pela alemã FRAPORT, atualmente tem chegado a pouco mais de uma centena de voos concentrados nos aeroportos de Rio de Janeiro, São Paulo e Brasilia.
O Turismo da Serra Gaucha, que se tornou uma atividade de finais de semana, tem sido alimentado pelos voos do centro do país, com uma carga de aproximadamente 600 turistas por dia. Muito pouco para quem mantinha uma média de 5 mil turistas de fora do estado todos os dias desde 2016.

O movimento turístico de Gramado, Bento Gonçalves e Canela, está preenchido por visitantes do entorno em sua esmagadora maioria – Região Metropolitana e Interior Gaúcho.

Com o arrocho nas medidas de controle da pandemia reduzindo mais ainda a circulação e os negócios, os mais de 40 hotéis da “Leal e Valerosa” que estão operando, não chegaram a 20% de taxas de ocupação no segundo trimestre, o que provocou a redução de aproximadamente 30% na empregabilidade da hotelaria.

As ocupações na capital gaúcha não conseguem justificar a abertura dos hotéis, sendo que alguns operam para manter posições de mercado e outros ainda, deixaram de operar por falta de oxigênio financeiro. Mesmo no meio de uma tragédia planetária, houve poucos anúncios fechamentos definitivos na capital.

Como pode ser visto nesse quadro abaixo, os negócios representavam a maior fatia das ocupações dos 42 Hotels de categoria UPScale, MIDScale e Econômico da cidade, a pandemia, ao suspender os negócios e cancelar os eventos, afetou todos os setores da economia da capital.

Voos

O incremento tímido, porém, positivo mostra os voos sendo tomados de forma gradual,
conectando três principais destinos: Sao Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

A ocupação das aeronave está acima de 65%, sinalizando, pelos tipos de aeronaves em
o p e r a ç ã o , a p r o x i m a d a m e n t e 6 . 5 0 0 passageiros desembarcando. Como metade destes passageiros são retorno e a outra metade, com a finalidade de turismo, essa massa preenche uma pequena parcela da oferta de hotéis, locação de automóveis e movimentação em restaurantes.


*José Justo é editor do boletim Front Desk de Porto Alegre, engenheiro e jornalista

 

 

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